Política

Senador vai à ANP discutir exploração de petróleo no Amapá

Randolfe Rodrigues (Psol) não aceita que empresa francesa monte base no Pará, deixando apenas ônus para o Amapá


 O Senador Randolfe Rodrigues (PSOL) esteve na tarde dessa segunda-feira, 08, com a Presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, no Rio de Janeiro. Na pauta, a pretensão do consórcio de empresas responsáveis pela exploração de petróleo e gás na costa do Amapá de instalar a base operacional em Belém (PA). Entrevistado na manhã de hoje no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o parlamentar afirmou que saiu do encontro otimista.

“Ficou decidido que vamos realizar, em parceria com a ANP, um seminário, em Macapá, com as empresas Total, British Petroleum e Petrobras para esclarecer todo o processo de instalação da base e da exploração do petróleo. O encontro ficou agendado para agosto. Chambriard e eu nos comprometemos, também, a procurar o Ibama para que este imponha às empresas, condicionantes que beneficiem a comunidade do Amapá”, disse Randolfe.

Antes da realização do seminário, a presidente da ANP vai reforçar aos dirigentes das empresas sobre a necessidade de instalar a base operacional no Estado: “Ela se comprometeu comigo que vai chamar a empresa Total para orientá-la que o lógico é se instalar aqui e não no Pará. E ainda hoje eu, o senador Davi Alcolumbre e o vice-governador Papaléo iremos à Embaixada da França, para sensibilizarmos as autoridades francesas de que os investimentos decorrentes da exploração do petróleo sejam feitos no Amapá”.

O Senador revelou, também, vai procurar a empresa Total para assegurar que os investimentos sejam feito no Amapá, tendo em vista que a base está localizada no Estado. Randolfe repassou detalhes das negociações que estariam sendo feitas para beneficiar o estado vizinho. “Conforme a Agência Pará, que é responsável pela comunicação do governo paraense, já houve até reunião na Federação das Indústrias do Amapá (Fiepa) para tratar da instalação da base operacional do consórcio em Belém”, reclamou Randolfe, lembrando ainda que a Secretaria Estadual da Indústria e Comércio do Amapá também já teria sido comunicada da preferência por Belém.

Para evitar surpresas, e garantir a instalação da base operacional das empresas no Amapá, o Senador declarou que também vai apresentar ao Ministério Público pedido de apuração sobre a legalidade dessa opção pelo estado do Pará.


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