Teles é a favor da PEC 241; ex prefeito Antônio Elias diz não

Para o secretário estadual de planejamento, Antônio Teles Junior, a PEC 241 é muito benvinda porque busca equilibrar as contas públicas do Brasil. Ele falou sobre o assunto na manhã desta segunda-feira, 24, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM).

De acordo com o secretário, a Proposta de Emenda Constitucional busca um limite global dos gastos do país que, no momento, está com despesas insustentáveis, sem condições de pagá-las.

“A PEC é uma solução a longo prazo”, ditou Antônio Teles, que minimizou os efeitos que a medida poderia causar à educação e saúde, da seguinte maneira: “É possível que o governo possa priorizar esses dois setores”.

No mesmo programa, entrou no ar pelo telefone, como fizera o secretário de planejamento, o ex prefeito de Mazagão, Antônio Elias, que tem mestrado em economia.

Para Elias, a PEC 241 seria altamente danosa ao Brasil a partir de um raciocínio lógico: os gastos do país seriam limitados durante 20 anos com base na inflação, mesmo período em que a população cresceria de quatro a cinco porcento.

“O governo precisa investir em educação e saúde para atender a essa demanda, mas, pelo contrário, apresenta esta PEC quando ao mesmo amplia os gastos públicos em 70 bilhões de reais, como fez recentemente, já no governo de Michel Temer”, disparou Antônio Elias.

O secretário Antônio Teles, na entrevista, também falou sobre o fato do Amapá ter sido o único estado brasileiro a não receber do governo federal, até 31 de dezembro próximo, a compensação das perdas com a desoneração do ICMS sobre operações de exportação via Lei Kandir.

Teles disse que o recurso em questão não é adicional, mas pago regularmente desde 2001, e que agora em 2016 o Amapá já recebeu a compensação, de maneira que fica de fora deste bolo de fim de ano. Além do estado, o Distrito Federal também não recebe a compensação.     

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