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Cabuçú Borges afirma que vota a favor do impeachment de Cunha

Deputado condiciona voto, entretanto, à existência de provas irrefutáveis de que Cunha violou o Código de Ética da Câmara


Ouvido na manhã desta sexta-feira, 06, ao vivo, no programa Luiz Melo Entrevista (DiárioFM 90.9), o deputado federal Cabuçu Borges (PMDB-AP), afirmou que seu voto será favorável ao impeachment de Eduardo Cunha, também (PMDB-RJ), se houver provas irrefutáveis de que ele violou o Código de Ética da Câmara.

“Mesmo o presidente Eduardo Cunha sendo meu companheiro de partido, não posso tapar o sol com a peneira de, de fato, ele agiu de acordo com a acusação. Mas, para isso, é preciso que haja provas irrefutáveis de que ele violou o Código de Ética, porque, por eu ter compromisso arraigado com a verdade, na condição de porta voz da população do Amapá, não posso praticar e tampouco compactuar com injustiça. A gente não pode jogar pedras em ninguém, condenar sem provas. Também fui perguntado pela Folha (Jornal Folha de São Paulo) se eu votaria pelo impeachment de Eduardo Cunha. Minha resposta foi a mesma, isto é, votarei, sim, desde que tenha provas robustas de culpabilidade contra ele”, ponderou.

Questionado se aceitaria caso convidado, a função de relator do processo de impeachment do presidente da Câmara, Cabuçu Borges disse que não. “É público e notório que votei nele para a presidência, e é praticamente unânime entre os deputados que a Câmara nunca teve em toda a sua história um presidente tão atuante e tão competente como o Eduardo cunha. E ele, de fato, faz a diferença, e tem mostrado um trabalho muito produtivo, enfrentando com altivez e coragem velhas raposas da política, não hesitando em contrariar interesses de quem quer que seja ao colocar projetos em pauta que poucos ousariam fazê-lo. Não, sinceramente, não. Eu não aceitaria o encargo, eu me consideraria suspeito”.

Perguntado se acredita na possibilidade de aprovação do impeachment, Cabuçú Borges não hesitou: “O quadro, atualmente, está mais para ser analisado pelo que virá, e não apenas pelo que é noticiado na mídia. O Eduardo Cunha é muito inteligente, e tem demonstrado muita segurança nas reuniões das quais eu tenho participado. A situação dele é muito delicada, é certo, mas, pelo menos por enquanto, eu não acredito nessa possibilidade. Posso mudar de idéia, claro, como já disse antes, se houver provas inquestionáveis contra ele. Prefiro aguardar as investigações para poder criar um juízo de valor justo e responsável”.

Candidatura

O deputado confirmou que é pré- candidato à Prefeitura de Santana pelo PMDB: “Tenho essa pretensão, sim, e confesso que estamos trabalhando junto ao partido nesse sentido, porque o que me levou para a política foi o forte propósito de bem servir à população, e o povo de Santana precisa ser olhado com mais carinho, com mais responsabilidade. O Município precisa de políticas públicas competentes para que seja alçado ao nível de desenvolvimento que merece, diante de tantas riquezas naturais que possui, e na condição de portal do Brasil para a Europa, através do Oceano Atlântico. Essa importância econômica tem que ser reconhecida e valorizada, mas, para isso, é preciso haver iniciativas locais, de grande envergadura, com impactos sociais positivos para a população”.

Sobre o trabalho que desenvolvido em Brasília, Cabuçu Borges garantiu que sua agenda tem sido intensa: “Pouco paro no meu gabinete. Quando não estou no Plenário e na Comissão de Cultura da Câmara, da qual sou titular, estou nos Ministérios, no BNDES, enfim, fazendo gestão para garantir recursos públicos para o estado, para todos os municípios, dando a minha parcela de contribuição para livrar o Amapá dos tentáculos da crise que tem afetado muito a vida de todos os amapaenses. Agora mesmo, após a visita da ministra Kátia Abreu, da Agricultura, queficou encantada com o estado e com a grandiosidade e organização da Expofeira, já tive a garantia do Ministro da Saúde, Marcelo Castro, meu companheiro de partido, que ele virá ao Amapá ainda este ano, quando vai trazer muitos benefícios para o estado”. (Ramon Palhares)


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