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Funcionários dos Correios paralisam por 24 horas no Amapá

Movimento pode ser deflagrado por tempo indeterminado, a partir da próxima semana, caso não seja aberto canal de diálogo para negociação


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Amapá, Decílio Belém, anunciou nesta quarta-feira, 22, no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90.9FM), que a categoria fará paralisação de advertência por 24 horas, a partir desta quinta-feira, em todo o estado.

Os funcionários elaboraram uma pauta de reivindicações com um total de 22 itens, entre os quais a realização de concurso público para contratação de pessoal em todos os níveis, reajuste salarial, melhores condições de trabalho e a garantia de segurança para os carteiros, por conta dos constantes assaltos têm ocorrido durante a entrega de correspondências em Macapá. Caso, entretanto, não haja abertura de um canal de diálogo para o atendimento das reivindicações, a categoria ameaça com greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima semana.

“A população está reclamando muito do trabalho dos carteiros, falam mal dos colegas, mas não tem conhecimento dos problemas que enfrentamos no estado: faltam funcionários, as condições de trabalho são péssimas e não há o mínimo de valorização profissional. O problema maior é que a população do estado, principalmente de Macapá cresceu muito, mas os Correios não acompanharam esse crescimento, resultado num quadro de pessoal deficitário”, explicou o sindicalista.

Para Decílio, a situação é de caos: “Para se ter idéia do que acontece no ambiente de trabalho, todos os funcionários, sem exceção, têm que acumular três, quatro funções para que os serviços não parem. Desde gerentes até encarregados de serviços gerais são obrigados a desenvolver trabalhos que deveriam ser feitos por outros funcionários, mas em função do quadro reduzido não resta alternativa, senão se sacrificar”.

Questionado sobre a reclamação de atrasos na entrega de correspondências, e mesmo entrega em endereços errados, mesmo com caixa de correios no endereço do destinatário, Dercílio Belém justifica: “Quanto aos atrasos, não há muito que se fazer por causa – como já nos referimos – à falta de pessoal, o que ocasiona o acúmulo de correspondências para serem entregues. Entretanto, ao constatar a entrega da correspondência em locais errados, as pessoas prejudicadas devem procurar a sede central dos Correios para formalizar a reclamação, para que seja instaurado o procedimento administrativo para apurar a responsabilidade do funcionário”.


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