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Mesa da AL aceita pedido de nulidade da renúncia de Kaká

Deputado teria renunciado à Vice presidência da Assembleia Legislativa sob pressão do hoje presidente afastado Moisés Souza 


O nebuloso caso de renúncia do presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Kaká Barbosa (PTdoB), do cargo de vice presidente da Casa, forçou entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira, 30, e o esclarecimento de que o parlamentar foi forçado à renúncia por imposição de condições e pedidos do gestor afastado, deputado Moisés Souza (PSC).

A renúncia de Kaká Barbosa ocorreu em meados do corrente ano. Após o ato, ele procurou o Cartório Cristiane Passos, onde declarou que tinha renunciado à Primeira Vice Presidência da Assembleia Legislativa “sob circunstâncias de imposição de condições e pedidos, os quais fogem a todos os princípios legais e de direitos, sendo o deputado Moisés Souza , eleito presidente da Assembleia Legislativa, o único responsável pelos pedidos, em especial, exigindo em caso de seu afastamento ou renúncia, que fosse a administração da Assembleia, sob suas orientações, em razão de este declarante fazer parte da chapa vencedora com 1º vice presidente mesma casa”.

Na entrevista coletiva, foi apresentado um Requerimento assinado por Kaká Barbosa, no qual ele admite a renúncia, falando sob a coerção que teria sofrido do deputado Moisés Souza, pedindo, em seguida retratação e ratificação à nulidade do “ato de renúncia ilegal”.

Na mesma ocasião, a 2ª vice presidente no exercício da Presidência, deputada Roseli Matos, apresentou a decisão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, acolhendo o pedido de Kaká e tornando sem efeito o termo de renúncia, “bem como qualquer outro pedido de renúncia que não tenha ocorrido de livre e espontânea vontade do requerente”.

O deputado Pedro da Lua (PMB) considerou a renúncia de Kaká Barbosa como mais uma tentativa de Moisés Souza de impedir o prosseguimento das investigações que a Casa faz sobre aa conduta com que ele dirigia o Poder Legislativo estadual. Moisés está afastado da Presidência da AL em atos executados em dois momentos. No primeiro, por causa da má gestão administrativa e financeira da Casa e, outro, em decorrência, da invasão de hacker ao sistema de informática legislativo do Amapá.


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