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Pacientes denunciam ‘venda’ de macas no Hospital de Emergências

Denúncia foi feita nesta segunda-feira, 23, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9). Macas estariam sendo ‘vendidas’ para pacientes por maqueiros do HEM.


Um ouvinte do programa LuizMeloEntrevista (Diário 90.9FM) denunciou na manhã desta segunda-feira, 23, por telefone, que maqueiros do Hospital de Emergências de Macapá (HEM) estão cobrando valores de parentes para que as macas do Samu Municipal permanecem naquela unidade de saúde à disposição dos pacientes. Segundo ele, a falta de macas no HEM estimula essa prática. “Eu mesmo tive que pagar 20 reais para que a maca ficasse no local”, reclamou.

Uma equipe móvel do programa, comandada pelo jornalista e radialista Olívio Fernandes confirmou parcialmente a procedência da denúncia. Segundo ele, um funcionário do SAMU, identificado como Ricardo, explicou que o SAMU está enfrentando diariamente problemas relacionados à falta de maca nos hospitais da capital, principalmente o Hospital de Emergências e a Maternidade Mãe Luzia.

“Conversei ainda a pouco com um servidor do SAMU, que se identificou como Ricardo, e ele me confirmou as dificuldades que o SAMU encontra por falta de macas na rede pública; muitas vezes, inclusive, as ambulâncias do SAMU são impedidas de atender ocorrências de emergência por falta de macas; ainda de acordo com esse funcionário, essa falta de macas não atinge o SAMU, que possui macas suficientes, mas o número acaba ficando drasticamente reduzido por causa da falta de macas nos hospitais”, relatou Olívio Fernandes.

 

Dificuldades

Também por telefone, o subsecretário de Saúde da Prefeitura de Macapá, Eldrin Lage, admitiu que o SAMU municipal enfrenta dificuldades com relação à falta de macas na rede de saúde público, e apontou a conclusão das obras do Hospital Metropolitano como a solução “mais rápida” para resolver o problema.

 Temos seis ambulâncias, e, teoricamente precisaríamos de seis macas, mas dispomos de um total de 22; entretanto, por falta de leito somos obrigados, e essa é uma determinação do prefeito, a manter pacientes nas macas; só que isso, infelizmente, nos faz ficar inoperantes, sem podermos atender ocorrências, que são reguladas pelo SAMU estadual; estamos concentrando esforços muito grandes com a participação do Ministério Público (MPF) e da Justiça Federal junto ao Governo do Estado (GEA) para que as obras do Hospital Metropolitano sejam destravadas, o que vai possibilitar a agilização de transferências de pacientes do Hospital de Emergências”, explicou Eldrin.


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