Cleber Barbosa

O vice governador Papaléo Paes foi de uma enorme espiritualidade na festa de posse de Jorge Amanajás no Setentrião. É que na saudação, o novo titular da Setrap se referiu a Allan Sales como ‘nosso vice governador’. É que ele estaria flertando com o PDT de Waldez. E Papaléo: “E eu?”. Todos riram bastante.

Muita gente diz que a saída de Gilvam Borges da Secretaria do GEA em Brasília é para libera-lo para a pré-candidatura a prefeito de Macapá. Mas o próprio Waldez foi logo lembrando que existem mais pretendentes à indicação em sua base. Pesquisas podem decidir a parada, dizem.

O Marabaixo é uma manifestação folclórica afro-amapaense, que consiste em homenagear o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade em duas partes: a sagrada (missas, novenas, ladainhas) e a profana (dança do Marabaixo, bailes). Essas homenagens ocorrem durante o ciclo do Marabaixo, que começa sempre na Páscoa e termina no Domingo do Senhor (primeiro domingo após Corpus Christi). Durante os festejos, misturam-se rituais africanos (corte dos mastros, quebra da murta, danças) e europeus-católicos (missas, novenas, procissões). A origem do nome é incerta: alguns afirmam que vem do árabe marabut (louvar); outros afirmam que vem do fato dos escravos serem trazidos mar abaixo nos navios negreiros (ou seja, da África para o Brasil).

Na dança do Marabaixo, as mulheres vestem-se com anáguas, saias rodadas floridas, camisa branca, colares, lenço no ombro e flor atrás da orelha, uma versão estilizada das roupas das escravas. Os homens usam roupas brancas e tocam com duas baquetas grandes tambores chamados caixas ou caixa de Marabaixo. Tanto os tocadores quanto as mulheres cantam os versos improvisados chamados ladrões; muitos desses versos têm teor religioso. Todos dançam em círculo, sentido anti-horário e ao redor de si mesmos.

Está presente principalmente nos bairros do Laguinho e Santa Rita, na zona urbana de Macapá; mas também em outras comunidades negras do Amapá, como Mazagão Velho, Campina Grande, Lagoa dos Índios, Coração, Curiaú, Maruanum, entre outras. O Marabaixo é a maior e mais autêntica expressão cultural do povo amapaense.

O surfista Serginho Laus, que entrou para o livro dos recordes por surfar no Amapá a mais longa onda de pororoca, está focado em salvar a tradição do estado como destino turístico. Ele, que também é jornalista, possui uma legião de fãs pelo país e pelo mundo e certamente pode contribuir muito.

Waldez iniciou ontem o que ele define como ‘reforço’ da equipe de governo. Mudanças na Setrap e na Seab, respectivamente as pastas dos Transportes e de Brasília, onde entram Jorge Amanajás e Wandermilson Azevedo, no lugar de Monterrozo e Gilvam.

O ex secretário da representação do GEA em Brasília não esteve na cerimônia de posse. Então quem roubou a cena foi Monterrozo, muito aplaudido e saudado pelo chefe, pelo conjunto da obra. Será o adjunto na Setrap.

O governador se disse bastante satisfeito com as obras em andamento e as que já estão em fase de conclusão, como estradas estaduais. Disse que ainda este mês continuará a reforma no secretariado.

O geólogo e ex deputado Antônio Feijão segue a carreira técnica e acelera os estudos para tirar nova graduação, o bacharelado em direito. Sobre a política diz que já cumpriu seu papel. Sei não, controvérsias.

Outro ex-político que a coluna ouviu foi Antônio Cruz, que já foi prefeito de Laranjal do Jari. “Hoje ninguém quer ser prefeito do interior”, diz ele que confirma ser “ficha limpa”. Grande técnico ele é.

O risco de greve de aeronautas está temporariamente afastado. É que ontem a categoria decidiu por uma contraproposta a ser apresentada às empresas para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular para 2015/2016. Entregam minuta dia 14 e dia 22 tem conciliação no TST.