Diário Política

Núcleo de inteligência do governo vai se inspirar em modelo implantado pelo TSE durante eleições

Cada região do país vai indicar um coronel da PM e um delegado do setor de inteligência para o núcleo, que contará também com representantes da PF.


Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

 

O núcleo de inteligência montado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022 servirá de modelo para o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no combate ao crime organizado.

 

O modelo é de fácil implementação, já foi testado na prática e deu excelentes resultados. Cada região do país indica um coronel da PM e um delegado do setor de inteligência para o núcleo, que conta também com representantes da Polícia Federal.

 

O objetivo, como definiu o TSE, é “coletar dados e processar informações”. Traduzindo: as instituições de segurança passam a compartilhar informações, diminuindo a desconfiança e rivalidade entre as corporações.

 

Elas não entregam seus bancos de dados umas para as outras, mas a prática mostrou que trabalham bem desta maneira. Outro efeito importante é promover uma efetiva integração das polícias estaduais com o governo federal. O núcleo coloca todos no mesmo barco.

 

As indicações dos coronéis e delegados são feitas pelo Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, entidades que tendem a ganhar mais prestígio nos próximos anos.

 

A ideia de criação do núcleo do TSE foi do ministro Alexandre de Moraes, amigo pessoal do futuro secretário Nacional de Segurança Pública Mário Sarrubbo. O núcleo mostrou-se essencial para evitar tentativas de agitação no meio policial, que era uma das apostas de Bolsonaro para dar um golpe.

 

 


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