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Defesa de Nestor Cerveró pede retirada de Dilma da lista de te

A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró apresentou requerimento



 

A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró apresentou requerimento solicitando a retirada do pedido de intimação da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), como testemunha de defesa. O documento foi protocolado na tarde desta segunda-feira (26) na Justiça Federal do Paraná, quase três horas depois do pedido inicial, que incluía o nome da presidente.

De acordo com o criminalista, o nome da presidente havia sido incluído porque a defesa entendeu que o Conselho de Administração da Petrobras, então chefiado por Dilma, tinha responsabilidade por contratos firmados para a construção de navios-sonda. A operação foi feita pela Área Internacional da empresa, à época comandada por Cerveró. Segundo o MPF, Cerveró recebeu propina em dois contratos firmados.
Após o protocolo, porém, Ribeiro repassou a lista a Cerveró, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Foi quando o ex-diretor informou que os contatos foram firmados diretamente pela Área Internacional da Petrobras, sem o conhecimento do Conselho de Administração.

“Eu estava comentando sobre as testemunhas, e os motivos com o Nestor. Quando chegou na presidente Dilma, muito embora ela fosse a presidente do Conselho, a decisão sobre as sondas foi exclusiva da diretoria. Ela pouco, ou nada, poderia falar sobre isso, então decidimos substituí-la”, disse Ribeiro.

Pedidos
Além das indicações das testemunhas, a defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras ainda pediu a interrupção do andamento da ação penal contra o cliente, até que sejam retirados do processo os trechos da delação premiada de Paulo Roberto Costa que citam Cerveró. Segundo Ribeiro, o fato de a defesa não possui acesso à delação fere o princípio de ampla defesa.

Outro requerimento pede a nulidade da prova da delação premiada de Júlio Camargo, da Toyo Setal, classificando a colaboração dele como resultado de “condições de pressão extrema, fazendo com que não possam ser consideradas voluntárias, espontâneas, livres de constrangimento”.

A defesa ainda diz que a Justiça Federal no Paraná é incompetente para analisar a questão, uma vez que os fatos citados que envolvem Cerveró ocorreram parte no Rio de Janeiro, parte em local indefinido.


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