O Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT), unidade especializa no diagnóstico e tratamento da doença, alerta sobre os cuidados e a prevenção do vírus das hepatites B e C. Reativados em janeiro deste ano, os testes rápidos tem sido um fator importante que facilita o diagnóstico precoce da doença, que muitas vezes não manifesta sintomas e só é identificada quando o paciente já está com um quadro clínico grave. Assim como teste rápido, o tratamento também é realizado na rede pública de saúde, e se for iniciado precocemente, aumenta as chances de cura, além de diminuir os riscos de agravamento da doença.
De acordo com a coordenadora do Programa de Hepatites Virais do CRDT, Elizabeth Medeiros, a falta de informações e o medo de fazer o teste contribui para o baixo índice de diagnósticos. “A população acaba confundindo as hepatites B e C com a do tipo A”, informa, explicando que a do tipo A é transmitida por água e alimentos contaminados, enquanto os tipos B e C não apresentam sintomas, até que a doença já esteja avançada e o fígado comprometido por cirrose hepática ou câncer.
As estáticas do CRDT revelam que nos primeiros seis meses de 2014 foram constatados 28 novos casos. A maior incidência da doença foi em mulheres, onde 15 casos foram registrados, já em homens apenas 13. Em relação a 2015 os dados mostram que nos primeiros seis meses foram diagnosticados 20 novos casos, no entanto houve um equilíbrio, onde 10 casos registrados em mulheres e 10 em homens.
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