Cidades

Bairros centrais de Macapá participam da primeira plenária do Congresso do Povo

Por meio da escuta popular, o Município construirá o Plano Plurianual (PPA), para que o máximo de demandas, dentro da realidade orçamentária da Prefeitura de Macapá, seja atendido.


A primeira plenária do Congresso do Povo aconteceu na noite de quinta-feira, 22, na quadra da Escola Municipal Hildemar Maia, e reuniu centenas de pessoas para intensificar o processo de descentralização das decisões na relação do poder público com a sociedade. O aumento da democratização por meio da escuta popular reuniu residentes e lideranças comunitárias do Centro, Trem, Beirol, Santa Inês, Araxá, Pedrinhas, Santa Rita, Nova Esperança e do Conjunto Mucajá, que se fizeram presentes usando como principal instrumento o diálogo para discutir as políticas públicas que serão feitas nos próximos quatro anos.

Por meio da escuta popular, o Município construirá o Plano Plurianual (PPA), para que o máximo de demandas, dentro da realidade orçamentária da Prefeitura de Macapá, seja atendido. A interação com o Governo Municipal, para a escoteira Aretuza do Carmo, 29 anos, faz parte dos preceitos que são repassados para os alunos do grupo Escoteiros do Mar Marcílio Dias, que há sete décadas prepara crianças e jovens para o pensamento coletivo. “O congresso tem tudo a ver com o que aprendemos, não somente pensar em nós, e sim pensar no outro como extensão de nós mesmos. Ficamos muito honrados por colaborar na construção de  um projeto que irá beneficiar tanto quem está presente hoje quanto quem ainda precisa compreender a importância de participar”.

Aos 73 anos, José Trindade, conhecido por Peroba, que já foi presidente da Associação de Moradores do bairro Santa Inês, se orgulha de atuar como líder comunitário há 44 anos. “Participei do primeiro Congresso do Povo e estou aqui novamente porque me sinto orgulhoso de ter ajudado a fazer do nosso bairro, um bairro modelo. Foi por meio do trabalho em conjunto que resolvemos uma demanda antiga na orla, que era o barulho excessivo de músicas e bares; isso foi possível graças à sensibilidade dos órgãos da prefeitura. Temos também uma UBS que funciona, que tem médico e uma equipe técnica preparada tudo porque a prefeitura nos ouviu. É dessa forma que melhoramos a nossa cidade e a nossa vida”.

“Fico feliz em ver que o Mucajá também atendeu ao nosso chamado e, com isso, torna-se um exemplo para os outros habitacionais. São as lideranças e pessoas que se dispõem a tirar um pouco do seu tempo para avançar a cidade ou até mesmo mudar. O que estamos fazendo aqui é compartilhar o poder com a população e todas as decisões tomadas pelo congresso serão acatadas pela gestão. Sempre digo que são sonhos que não podem ser sonhados por uma pessoa só, mas sonhados coletivamente para a nossa grande casa que, como tal, deve sim ser cuidada por todos”, afirmou o prefeito Clécio Luís.

Segundo ele, grande parte das reivindicações apresentadas na plenária será resolvida em curto prazo. Apenas as que demandam maior planejamento serão incluídas no PPA. Ele ressaltou a questão da deficiente iluminação pública na cidade, muito citada entre as reivindicações e que, recentemente, entrou para a responsabilidade do Município. “Estávamos há mais de três anos tentando trazer para nós a responsabilidade em torno da iluminação da nossa cidade. A grande realidade é que praticamente 70% de Macapá está no escuro ou é mal iluminada. Não será de uma hora para outra, mas vamos, dentro de seis meses, fazer o máximo para reverter essa situação”.

Onze conselheiros foram eleitos para fazer de forma permanente o intercâmbio entre Município e comunidade. Após a realização das outras doze plenárias, todos os conselheiros eleitos serão capacitados para colaborar com o Município na construção do PPA e também da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Fotos: Max Renê


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