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A hora e a vez de Temer

Reflitam neste momento que passamos com Michel Temer. As famosas pesquisas, cuja credibilidade têm  pontos divergentes, colocam o atual governo com apenas 13% de aprovação, e 39% de rejeição.


Ulisses Laurindo – jornalista
Articulista

a hora em que o Brasil vive mergulhado talvez na sua maior crise, principalmente moral, com a quase falência de grande parte de pessoas que poderiam dar exemplos, pouco se vê uma palavra de apoio às medidas do presidente interino, Michel Temer, sejam elas coerentes ou não. É natural que nas disputa de qualquer natureza existem dois lados, cada qual procurando ofuscar o outro, nada importando quanto aos resultados, pois o que importa é que haja prevalência em favor dos pontos desejados

Reflitam neste momento que passamos com Michel Temer. As famosas pesquisas, cuja credibilidade têm pontos divergentes, colocam o atual governo com apenas 13% de aprovação, e 39% de rejeição. É sempre bom lembrar os conceitos de Aristóteles (384 a.C) de que tudo se move, na prática, pelos interesses, o que leva às vezesa contradições, como a que hoje reinam no país, sem a dose da racionalidade que está presente nas obras do filosófico grego.

O mais sensato analista constatará que Temer recebeu um país com pouca governabilidade, corrupção, como uma ilha cercada de águas por todos os lados, dificultando a vida nacional. Para quem esperava soluções em menos de dois meses agride a regra do bom senso e, por interesse, passa a acreditar em milagres. Talvez Temer tenha se apegado ao princípio político da ciência da governança de um Estado ou Nação e levado também pela necessidade de negociação para compatibilizar interesses.

Como político, Temer seguiu a doutrina filosófica e não deu murros na mesa, com receio de ferir. Pode parecer fraqueza, mas pode ser entendido como estratégia para melhor governar. Mas muita gente pensa assim e aí a desaprovação de 39% num universo de duas mil pessoas.

Aristóteles fala em tirania. Se Temer fosse um tirano, seria elevado à menção de grande ditador e, como agora, teria até reprovação mais forte por estar de costas, aviltando a democracia. O que o povo espera é que as medidas para corrigir os rumos incertos tenham que ser duras, sob pena de parecer leniência, no momento de mais ações.

A fase atual de Michel Temer pode ser entendida como astúcia, porque ele está como interino e atacar os diversos problemas nacionais com armas pesadas poderia lhe render algumas pedras no caminho, aquele mesmo que ele quer trilhar quando, de fato, for de direito o dono do barco. Nessa ambiguidade de Temer, se for para ganhar tempo, mesmo assim se lhe atribui mérito. O fato é que para bem julgá-lo agora é prematuro, podendo reservar críticas mais fortes quando tiver definitivamente as rédeas nas mãos, levando toda a esperança do povo brasileiro bastante sofrido nos últimos anos, devido aos desvios dos meios elementares da Nação. As medidas atuais procuram situar o interesse de cada um que deve levar em conta que é para o bem-estar do país.


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