Cidades

“A Icomi colocou o Amapá no mundo”, diz superintendente da Federação das Indústrias do Amapá.

Atualmente quem está responsável pelo transporte de minério, que pertencia à antiga Zamin, em direção às Docas de Santana para exportação é a Dev Mineração.


Lana Caroline
Da Redação

 

É fato de que o Amapá é um local cheio de riquezas que, muitas delas, ainda não foram totalmente descobertas. Uma dessas riquezas, chamada manganês, começou a ser explorada em meados 1934, no município de Serra do Navio, quando o engenheiro de minas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Josalfredo Borges, encontrou manganês às margens do rio Amapari.

E a empresa Icomi, uma empresa privada brasileira, recebeu o direito de explorar a mina amapaense de manganês. Segundo o perito ambiental e superintendente da Federação Das Indústrias do Amapá, Bruno Cei, a empresa foi que colocou o Amapá em destaque. “A Icomi colocou o Amapá no mundo. Para ela é só palmas. O amapaense que fala mal dessa empresa não sabe o quanto ela foi importante”, disse.

Em 1987, a Icomi encerrou suas atividades na serra do Navio, com o argumento de extinção de minério de manganês, o que gerou grandes problemas para a população local, pelo destino econômico de Serra. Os impactos da empresa teve sua ampla importância pela questão de desenvolvimento em uma área com caracterização reduzida pela economia, pelos poucos habitantes e por ser mais frágil no que diz respeito a aparato estatal e da sociedade civil.

“Começamos a criar nossos monstros, mas não foram as empresas que vieram se instalar, mas sim o estado, a estrutura, porque ele deixou de fiscalizar e estava totalmente corrompido”, disse o advogado e economista, Paulo Jorge Melém.

Em 2019, o governador do Amapá, Waldez Góes, assinou um Termo de Acordo com representantes de empresas multinacionais para fazer investimentos para retomada da mineração no Amapá. Com a homologação do termo no processo judicial, o governo dá condições para liberação de US$ 2,5 milhões para pagamento de trabalhadores de empresas que prestaram serviço para a mineradora Zamin, em 2014.

O plano prevê como medida de segurança que todo o minério de ferro vendido esteja no porto ou na mina, e que os valores sejam integralmente revertidos em investimento no projeto. O grupo empresarial Pedra Branca Alliance PTE Ltda é o responsável pelo Plano de Recuperação aprovado no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Atualmente, quem está responsável pelo transporte feito do pátio da mineradora, área que pertencia a antiga Zamin, em direção às Docas de Santana para exportação é a Dev Mineração. A empresa pretende reativar a exploração de ferro no Amapá.


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