Área de preservação ambiental recebe ação educativa
Os moradores da comunidade, já avisados anteriormente, separaram o lixo doméstico produzido e os deixaram em forma seletiva: vidro, papel, plástico e orgânico. Os resíduos foram entregues à equipe da ação, em troca de ingressos para as crianças se divertirem em pula-pulas montados especialmente para o evento.
Moradores da Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha, sobretudo as crianças da região, tiveram uma tarde diferente nesse sábado, 3. As equipes do Núcleo de Educação e Proteção Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) realizaram a ação educativa de conscientização da coleta seletiva do lixo: “Educação Ambiental – Manejo de Resíduos Sólidos”.
Os moradores da comunidade, já avisados anteriormente, separaram o lixo doméstico produzido e os deixaram em forma seletiva: vidro, papel, plástico e orgânico. Os resíduos foram entregues à equipe da ação, em troca de ingressos para as crianças se divertirem em pula-pulas montados especialmente para o evento. Uma forma de instigá-los a separar o lixo de forma correta preservando a área de conservação em que vivem.
Projetos ambientais da Sema já são ofertados à comunidade do Igarapé da Fortaleza e Rio Paxicú, que fazem parte da Área de Preservação Ambiental, porém, os técnicos da Sema perceberam que palestras e encontros atingiam mais os adultos. “As crianças, que era um público a ser alcançado, precisavam de um atrativo a mais; assim tivemos a ideia das brincadeiras, como parte do projeto”, afirma a pedagoga do Núcleo de Ação Ambiental, Alana Patrícia Melo.
Outro ponto positivo do projeto é abrir os olhos dos moradores para um possível modo de vida, com a reciclagem. Uma empresa amapaense que atua com o serviço participou do evento recolhendo os resíduos, e, futuramente, pode fomentar o mercado local com a compra do lixo seletivo da comunidade – próximo passo do projeto a ser estudado – gerando renda aos moradores que queiram participar.
Dentre esses moradores, Nerivan Conceição se destaca não só por participar da ação, mas também por ser Guarda Parque (condutor de áreas naturais), da Associação dos Guarda Parques do Amapá (Agpa). Voluntário desde os nove anos de idade, ajuda a cuidar da área de preservação e vê o projeto como importante para cuidar do meio ambiente e dar o destino correto para o lixo. “Desde 2011 não tinha eventos deste tipo por aqui e tenho certeza que é só um passo para educar os moradores, pois aqui é o patrimônio deles”, pontua.
A dona de casa Rosinete Pantoja, moradora da região há cinco anos, separou seu lixo doméstico e o dividiu entre seus quatro filhos, de 4 a 13 anos, para fazerem a entrega à equipe da Sema. Disse que os pequenos estavam ansiosos. “Vim cedo para logo pegar os ingressos. Além dos meus filhos se divertirem, eles estão aprendendo”, disse a dona de casa, que também adquiriu conhecimentos sobre como tratar o lixo doméstico. “Agora sim, eu sei como separar meu lixo, tirando a comida que não presta mais, colocando cada tipo em um saco: plástico, vidro e papel”.
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