Censo 2022: recenseadores são assaltados durante pesquisa em Macapá e Santana
Desde 1 de agosto, quando iniciou o Censo, até 12 de agosto, nove recenseadores já foram assaltados.
Railana Pantoja
Da Redação
Desde 1 de agosto, o IBGE está executando as pesquisas de campo do Censo 2022 em todo o Brasil. O que o Instituto não esperava era que durante as atividades os recenseadores fossem assaltados. Segundo o IBGE/AP, de 1 a 12 de agosto já foram registrados 9 assaltos aos pesquisadores em Macapá e Santana.
“O IBGE adverte que seus agentes censitários e recenseadores são servidores públicos federais no exercício de suas funções, portando equipamentos que são patrimônios públicos federais”, diz nota emitida pela unidade estadual do IBGE no Amapá.
Os equipamentos utilizados na pesquisa de campo não possuem nenhum valor comercial, e “são dotados de sistemas de rastreamento, apagamento e bloqueio das funções e do conteúdo; portanto, sem valor no mercado”.
No total, 10 equipamentos do Censo 2022 foram roubados, pois em uma das ocorrências, recenseador e supervisor foram assaltados e subtraíram dos trabalhadores os dois equipamentos que utilizavam no trabalho de coleta e supervisão. Em todas as situações houve ameaça com faca ou revólver.
Segundo o IBGE, “os dados nos DMCs (Dispositivos Móveis de Coleta) são criptografados e transmitidos logo após as entrevistas. Em caso de necessidade ou urgência, todos os dados e programas são destruídos automaticamente (remotamente) na primeira operação ou qualquer conexão que o equipamento fizer à Internet. Esse mecanismo impede o acesso aos dados coletados, garantindo o total sigilo dos questionários ou informações”.
Como os recenseadores estão atuando na função de agentes públicos federais e o prejuízo é causado à União, os roubos serão investigados pela Polícia Federal.
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