Cidades

Eliseu Padilha na articulação política não seria da cota do PM

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que eventual indicação do ministro da Aviação Civil



 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que eventual indicação do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) não pode ser “atribuída à conta” do PMDB.

Eliseu Padilha recebeu sondagens sobre eventual mudança para o comando a articulação política do governo. No entanto, a Secretaria de Imprensa negou que o ministro tenha sido convidado por Dilma para assumir o cargo. Hoje a pasta da SRI é ocupada pelo ministro Pepe Vargas, do PT, que tem sofrido resistência do presidente da Câmara.

“Cabe a ela escolher seus ministros. Não quero que seja atribuído isso na conta do meu partido. Se é uma escolha dela, tudo bem. Se está na cota do PMDB, aí já não é uma coisa que a gente vai levar em consideração. A gente não quer ter a responsabilidade de colocar que tem que ser alguém do PMDB, para poder melhorar [a relação da base com o governo]”, afirmou, sem confirmar se a presidente Dilma Rousseff, de fato, sondou o ministro peemedebista para trocar de pasta.

Segundo Cunha, a melhora na relação entre o governo e a base aliada no Congresso não depende da indicação de um ministro peemedebista, mas sim da postura de quem comanda a pasta.

“Acho que a articulação política pode ser feita com qualquer partido, não necessariamente com o PMDB. Não estamos pleiteando a indicação de nenhum ministro. Se foi indicação dela, parabéns.”

A relação entre Cunha e Pepe Vargas se desgastou, sobretudo, durante a campanha para presidente da Câmara. O peemedebista criticou reiteradamente a participação do governo em prol da candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP), que acabou derrotado na eleição.

Durante a corrida pelo comando da Casa, Pepe Vargas e outros ministros do governo se reuniram com lideranças partidárias para pedir apoio a Chinaglia, o que irritou Cunha. O atual presidente da Câmara chegou a acusar o governo de oferecer cargos em troca do apoio ao petista e fazer ameaças de retaliação a quem não aderisse à campanha do deputado de São Paulo.


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