Cidades

Greve nas rodovias atrasa remessa de medicamentos

Sesa receberá 38 itens de medicamentos e 69 correlatos, ao custo de R$ 3,2 milhões



 

Duas carretas de medicamentos e correlatos, empenhados pelo estado a uma empresa de Aparecida de Goiânia (GO), que estavam a caminho de Macapá, ficaram retidas no meio do caminho por conta da greve dos caminhoneiros, que paralisou o trânsito nas rodovias de todo o país.

Segundo e-mail enviado pela empresa à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), os medicamentos, que fazem parte da aquisição emergencial de medicamentos realizada pela Sesa, deverão ser entregues na próxima semana. Os veículos que transportam o material estão agendados para a balsa que sai de Belém (PA), na próxima segunda-feira, dia 9 de março.

Segundo o Secretário Pedro Leite, por conta desse atraso a Sesa já solicitou o envio aéreo e emergencial de parte dos medicamentos. “A demanda será a mínima necessária, para minimizar a desaceleração que houve em relação à recuperação do setor”, justificou.

Na última terça-feira, 3, mais de 40 mil caixas foram recebidas pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF), órgão que contabiliza e regula a distribuição de remédios na rede hospitalar pública.

Na próxima entrega, estão previstos 38 itens de medicamentos e 69 correlatos que, ao todo, somam mais de R$ 3,2 milhões. Entre os materiais estão agulhas para anestesia, kit de drenagem mediastinal, luvas de procedimentos, ataduras de 10, 15 e 20 centímetros, além de diversos antibióticos como ampicilina, benzilpenicilina cristalina, cefalotina, pirlimicina, dentre outros.

Segundo a farmacêutica e diretora da CAF, Carla Luciane de Souza Soeiro, toda a demanda é utilizada em procedimentos pré-operatórios, pós-cirúrgico, além dos atendimentos de média e alta complexidade. De acordo com ela, assim que os medicamentos e correlatos chegarem, o material será conferido, inserido no sistema e imediatamente distribuído às unidades de Saúde. “Após esse processo, o abastecimento ocorrerá entre 24 e 48 horas, no máximo”, assegura.

A tomada de preço inicial da aquisição foi de R$ 8 milhões, entretanto, a secretaria conseguiu baratear a mesma quantidade de medicamentos em R$ 1,8 mi, ficando o total da aquisição em R$ 6,2 milhões.

O secretário-adjunto de Gestão da Saúde, Fernando Nascimento, lembra que a Saúde do Amapá iniciou o ano desabastecida: “A situação da Saúde era tenebrosa. A gestão passada conseguiu deixar os servidores, em especial à classe médica, totalmente desestimulada. Não havia diálogo e isso com o tempo gerou alguns outros problemas”.

Nascimento reitera que, a falta de conhecimento técnico da administração passada, fez com que a Saúde chegasse à desassistência. “Nos deparamos com corredores lotados, pacientes que foram mandados para casa sem operar e hoje estão com seqüelas. Diante desse cenário, em fevereiro Estado decretou estado de emergência para dar celeridade à compra de produtos. Com a chegada de mais medicamentos, vamos limpar as filas de espera, atendendo a necessidade da população. Além disso, vamos planejar uma grande licitação para repor o estoque quando for necessário”.

O secretário-adjunto ainda lembra que, técnicos e enfermeiros aprovados no último concurso serão chamados com prioridade. Já os contratos administrativos, só ocorrerão quando o quantitativo de pessoas concursadas não cobrir a necessidade do setor.


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