Livro que reúne a obra de 30 coreógrafos brasileiros tem um amapaense destacado pela contemporaneidade
Presente também no Carnaval do Amapá, Maurício Maciel foi ouvido na série de entrevistas para a publicação da obra literária de Juana Miranda.
Cleber Barbosa
Da Redação
Maurício Maciel, que é ator, bailarino, diretor e coreógrafo amapaense foi o único produtor local convidado a participar do trabalho de pesquisa para a publicação de um livro nacional sobre dança, da escritora brasileira Juana Miranda, denominado “O olhar na dança”, que chega ao mercado com o que há de mais contemporâneo em termos dessa arte tão presente e difundida no Amapá.
Ele concedeu uma esclarecedora entrevista ao programa Café com Notícia desta quinta-feira (06), na rádio Diário FM (90,9).
O livro reúne depoimento de 30 profissionais coreógrafos de todo o país.
“O convite surgiu em 2018, com a proposta de falar sobre o processo criativo em dança, que é o tema da pesquisa, em que pude compartilhar um pouco de minha experiência de 14 anos na dança, como representante do Amapá nesse grande levantamento”, disse ele, que precisou ir até Belém (PA) para a série de entrevistas da publicação.
Sobre o cenário local da dança, ele diz que a arte no Amapá tem sim contribuição a dar sobre o tema, pois a participação da dança amazônica tem peculiaridades de ser ao mesmo tempo urbana e rural, numa transição entre a cidade e a natureza que pode ser feita numa viagem de alguns minutos de carro, tendo o coreógrafo destacado como ele dialoga muito com esse circo entre os dois mundos, as dores, os lamentos e os ritmos para se relacionar com o meio em que se vive, o ponto de partida para seus trabalhos.
Além de arte-educador, Maurício Maciel tem destaca participação no carnaval amapaense e é considerado um dos grandes nomes locais, apesar da pouca idade [tem 34 anos] em relação aos demais coreógrafos ouvidos na pesquisa do livro – a maioria acida dos 50 ou 60 anos de idade.
A obra
Além de contar com 30 entrevistas sobre o processo criativo dentro da dança contemporânea, a publicação inclui um DVD com vídeos, de seis a oito minutos cada, nos quais o público poderá assistir aos próprios coreógrafos. Neste momento de palcos fechados em todo o mundo, o projeto ganha vida também para dar voz e espaço a tantas companhias e grupos que resistem há 10, 20, 30, 40 anos criando e pesquisando a arte do movimento. Valoriza, em especial, o coreógrafo e seu processo criativo, registrando a diversidade e as facetas da dança contemporânea nacional.
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