Cidades

“Amapá não negligenciou a primeira onda e está preparado para evitar a segunda”, diz coordenador da SVS

Dorinaldo Malafaia disse em entrevista à Diário 90,+9FM que a sincronia entre governo e prefeituras levou a uma redução dos riscos de falhas e perdas de vidas em maior escala.


Cleber Barbosa

Da Redação

 

 

O combate à Covid-19, no Amapá, colocou à prova toda a capacidade técnica, de planejamento e mobilização de equipes em todos os níveis e esferas. A afirmação é do coordenador estadual da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Dorinaldo Malafaia, que concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (10) ao programa radiofônico ao LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM). Pela primeira vez, Malafaia falou sobre as reais possibilidades de uma segunda onda da pandemia.

Para ele, a maneira com que o estado se antecipou à chegada da pandemia ajudou a evitar muitas mais mortes, apesar de lamentar o registro de mais de 600 vítimas entre os amapaenses. “A própria OMS [Organização Mundial de Saúde] tem pregado a necessidade de sincronia entre governos e prefeituras junto ao governo central, uma coisa que leva vantagem para quem se antecipasse e não negligenciasse a doença, então, acredito que o fundamental foi que não negligenciamos a doença”, avalia.

Ele também elogiou a decisão e a vontade política do governador do estado, que bancou todas as recomendações dos comitês médico e científico. “Toda orquestra tem que ter maestro. O governador Waldez foi fundamental ao estabelecer as medidas certas sobre quando atacar e quando recuar no enfrentamento à pandemia, na chamada estratégia de enfrentamento. Isso tudo foi feito em conjunto, daí a importância do diálogo dele com as prefeituras que acataram as propostas do Estado no enfrentamento diário à Covid-19”, disse.

Consolidação

Os desafios agora para fechar o ciclo de combate à pandemia, segundo Malafaia, consistem em atacar a interiorização dos casos, com testagem em massa para identificar mais rapidamente e isolar o vírus.

O trabalho é trabalhar na sensibilização dos prefeitos para colocar em cena alguns atores que ainda não estão atuando diretamente nesse enfrentamento, que são os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias. Eles podem reforçar o programa de Saúde da Família, pois cada equipe atende uma base populacional de 1 mil famílias.

 

“Num momento que nós temos uma estabilidade e até uma queda na curva epidemiológica, esses profissionais precisam entrar em campo diretamente, pois a gente detectando rapidamente os casos positivos, temos condições de aplicar o isolamento social, acompanhar e monitorar previamente, o que vai ser um grande ganho para essa segunda etapa do plano de enfrentamento à doença e a ameaça da segunda onda, que precisa ser encarado com seriedade”, finalizou.


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