Cidades

PM testa e comprova poder defensivo de coletes balísticos usad

Policiais dispararam contra modelos fornecidos por fabricantes



 

Após a polêmica levantada recentemente pela imprensa nacional sobre a qualidade dos materiais utilizados na fabricação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para agentes de segurança no país, a Polícia Militar do Amapá decidiu testar o poder de defesa do principal desses tipos de acessórios usados pela corporação: o colete balístico.

A instituição organizou um teste no stand de tiro do Quartel do Comando Geral, onde reuniu atiradores da tropa de elite da corporação, o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Especialistas em armamentos e munições com alto poderio de penetração e impacto, eles dispararam contra quatro modelos de coletes à prova de balas, fornecidos por diferentes fabricantes que atualmente atendem à PM amapaense.

Cada equipamento recebeu tiros de diversos calibres, não apenas os de uso restrito das polícias estaduais e federais, e Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), mas também os de dimensões já encontrados nas mãos criminosos. Munições de revólver 38, pistolas 357,.40 (ponto quarenta) e 9 mm acertaram os coletes de lotes já fornecidos à PM. Até mesmo equipamentos com prazo de validade esgotado, ou seja, com mais de cinco anos de fabricação, foram testados. Todos eles passaram no experimento.

A perfuração do projétil de pistola 357 – considerado um dos calibres com maior energia de penetração – atravessou apenas cinco das dez camadas de fibra de aramida, material de produção americana há 50 anos e que é cinco vezes mais resistente que o aço. O disparo de revólver 38 penetrou apenas três camadas do mesmo EPI. Num nível mais alto de poder de fogo, a munição da pistola 9 mm, de uso exclusivo das Forças Armadas, só perfurou três filões de tecido balístico do colete confeccionado à base da fibra spectro shild, fabricada nos Estados Unidos desde os anos 90. O mesmo “estrago” foi causado pelo tiro de pistola .40.


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