Cidades

Presidente do CRM/AP fala de irregularidades encontradas no interior do Amapá

Entre os flagrantes encontrados em uma unidade de saúde em Vitória do Jari, até denúncias de prática ilegal da medicina.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/AP), Eduardo Monteiro de Jesus, falou em entrevista à rádio Diário FM (90,9) sobre uma polêmica envolvendo uma equipe de fiscalização da autarquia em uma unidade de saúde municipal na região do Vale do Jari, a cerca de 300 quilômetros de Macapá.

 

Segundo ele, o episódio aconteceu na Unidade Básica de Saúde Beira Rio, em Vitória do Jari, no sul do Amapá, quando fiscais do CRM foram verificar as condições de trabalho dos profissionais de saúde e acabaram praticamente sendo expulsos do local, mediante uso de força e violência, provavelmente por uma deliberada informação de que o Conselho poderia fechar a unidade.

 

Eduardo Monteiro disse que o trabalho ainda estava no começo, mas que uma das primeiras constatações – talvez a mais grave – foi da prática de exercício ilegal da medicina, por pessoa não habilitada para prescrever medicações por meio de receitas.

 

“Essa é uma prerrogativa exclusiva de profissionais médicos”, definiu o dirigente do CRM/AP.

 

O médico que representa sua classe profissional atribui provavelmente uma interpretação equivocada sobre a ação do CRM.

 

“A ida da equipe do conselho atendia a uma demanda judicial, constando que haviam profissionais da enfermagem realizando consultas e prescrevendo medicação, ora, isso não é possível”, disse ele.

 

Da forma como o fato repercutiu, muito provavelmente de forma deliberada, houve um entendimento de que a unidade seria lacrada. Mesmo assim, Eduardo Monteiro lembrou que mesmo diante de irregularidades constatadas pelo CRM, é dado um prazo para as devidas correções das não conformidades, que quando não atendidas podem ensejar a chamada interdição ética, que a bem da verdade é para proteger o profissional que ali desenvolve seu trabalho.


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