Professora que conquistou doutorado por decisão judicial em mandado de segurança volta ao TJAP para agradecer
Em 2011 o Pleno do TJAP se manifestou favorável à concessão de mandado de segurança, assegurando à educadora o direito a se licenciar das funções no estado – que havia negado o pedido – para cursar o doutorado.
Benedita do Socorro Santos de Souza, professora da rede estadual de ensino do Amapá e agora doutora em Ciência da Educação pela Universidade de Évora, em Portugal, esteve nesta quarta-feira (20) no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), para agradecer e mostrar o resultado da decisão judicial que lhe proporcionou a oportunidade de cursar o doutorado. Em 2011 o Pleno do TJAP se manifestou favorável à concessão de mandado de segurança, assegurando à educadora o direito a se licenciar das funções no estado – que havia negado o pedido – para cursar o doutorado.
“É com imensa satisfação que recebemos a professora doutora Benedita, que hoje vem nos trazer seu título conquistado após decisão deste Tribunal. Ela muito nos honra e leva as cores do estado do Amapá para as terras de além-mar. A bagagem que ela traz para o estado é muito grande e ressalto a quantidade de material científico produzido por ela e publicado em Évora, Coimbra e na Cidade do Porto”, reconheceu o desembargador-presidente do TJAP, João Lages, fazendo registrar em ata a presença da professora.
O relatório do desembargador Gilberto Pinheiro, favorável à concessão do mandado de segurança, foi acompanhado à época pela maioria dos desembargadores. “A nossa decisão mudou a vida da professora porque ela foi para a Europa e conseguiu avanços que poucos na Amazônia conquistam. Isso também muda a vida de seus alunos e de sua família, considerando que ela traz mais conhecimento para socializar em nosso estado, o que tanto precisamos. Ela é um exemplo para seus alunos, um espelho para os mais novos”, declarou Pinheiro.
A professora amapaense partiu para Évora, onde permaneceu de 2011 a 2015, defendendo sua tese em 2016. Com o diploma conquistado em mãos, Benedita disse: “Venho prestar contas enquanto servidora do estado do Amapá, porque por meio de decisão do Tribunal de Justiça consegui hoje ser membro colaboradora do Centro de Investigação em Educação e Psicologia em Portugal, e fazer parte do diretório no Brasil da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT), e ainda continuar a dar aulas no Amapá, cumprindo com as minhas obrigações”.
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