Cidades

Projeto do Iepa capacita comunidades para informações científicas

Nomeada ‘Sistema de observação da foz do Amazonas’, ação possibilitará maior participação e conhecimento pdos moradores acerca dos fenômenos recentes, como a salinização no Bailique


 

Douglas Lima
Editor

 

O programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9) recebeu nesta quarta-feira, 10, o engenheiro químico, doutor em engenharia ambiental e pesquisador do Iepa, Luiz Takayama, para falar da ‘Década do Oceano’, projeto criado para repensar a saúde oceânica no mundo.

 

Fazendo parte da Década do Oceano, o Iepa, Ueap e a Unifap, além de outros centros de ensino e pesquisa do Rio de Janeiro e Pará, lançam o projeto Sistema de Observação da Foz do Amazonas, que visa preparar a comunidade local para capacitação de dados científicos sobre suas regiões, focando nos processos hídricos.

 

“O Projeto tem como finalidade monitorar os parâmetros da foz do Amazonas, fazendo com que a ciência chegue aos alcance da comunidade, para eles terem um pouco mais de noção das modificações que vêm enfrentando recentemente. Pensamos nesse projeto para termos uma vertente de educação científica e da participação do cidadão com nas tomadas de decisões-base na ciência”, disse Takayama.

 

 

Os moradores poderão, através de um aplicativo ainda a ser lançado, contribuir com o banco de dados da pesquisa em tempo real, possibilitando que os pesquisadores façam também o acompanhamento dos processos.

 

Falando da Década do Oceano, Takayama disse que o oceano é o maior ecossistema do planeta e traz reflexões de como o ser humano tem tratado o oceano: “Podemos ver nos meios de comunicação que é muito lixo sendo jogado no mar, sem considerar que dependemos muito dele; tem questão do aumento do nível do mar, o aquecimento global, tudo isso está englobado. É um chamado de como cuidar melhor do oceano”, disse.

 

O projeto prevê a instalação de, inicialmente, 12 observatórios populares no mar. Takayama informou que os pesquisadores vão até às comunidades, fazem o trabalho de treinamento e aparelhamento geralmente em escolas. Fazem o treinamento dos voluntários para pegarem informações sobre fenômenos como intrusão salina, inundação, erosão e manguezais.

 

“Um dos motivos principais para a criação do projeto é a questão do custo da pesquisa científica. Para nós pesquisadores, que temos sede em Macapá, o deslocamento é um custo muito alto. Temos a ideia de que a participação dos moradores locais nos ajuda e nós os ajudamos para eles conhecerem melhor o ambiente que habitam”, concluiu Takayama

 


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