Rio Amapari: primeiro laudo não detecta cianeto na água, diz prefeita do município

Railana Pantoja
Da Redação

A força-tarefa que atua no município de Pedra Branca do Amapari, distante quase 200 km de Macapá, já retirou do rio Amapari mais de duas toneladas de peixes, répteis e outros animais mortos.

Desde o sábado (27), moradores do rio Xivete, braço do Amapari, relataram a ocorrência de mortes de muitos peixes na região. Equipes de vários órgãos do estado e do município recolheram amostras da água para detectar a presença de substâncias químicas.

“Para liberar o consumo da água, captação para distribuição e até mesmo pesca e banho no rio, preciso de um laudo que me dê respaldo técnico. Infelizmente, este que saiu ontem (1) não me garante, ele diz que não foi detectado cianeto na amostragem, mas, ao fim os técnicos afirmam que não se responsabilizam por possíveis contaminações futuramente. A gente sabe que as consequências aparecem a médio e longo prazo, portanto, sem segurança não tem como liberar nada”, lamentou a prefeita de Pedra Branca, Beth Pelaes.

A expectativa é que a Politec, Instituto Evandro Chagas (IEC) e um outro laboratório particular contratado analisem novas amostragens nos próximos dias e concedam um laudo técnico mais detalhado, já que o primeiro feito foi apenas para detecção da substância química Cianeto.

“O resultado deste primeiro laudo foi negativo apenas para cianeto, mas, ainda assim não tenho segurança para normalizar as coisas, já que o laudo não garante a existência de outras. Eu quero um respaldo técnico garantindo que posso liberar a água do rio, de forma conclusiva”, finalizou a prefeita.

Enquanto a captação de água do rio está suspensa, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Pedra Branca do Amapari (Saepe) está abastecendo com carro-pipa as residências dos munícipes. Além disso, estado e município estão fornecendo água mineral e alimentos para os moradores que vivem da pesca e foram afetados pelo problema ambiental.

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