Entrevista

Mídias tradicionais são as preferidas para informações sobre política

Cleber Barbosa Da Redação Diário do Amapá – Então professor, quais as principais conclusões desta pesquisa realizada pela Alfa Inteligência, que ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o Brasil? Pontos para as chamadas mídias convencionais?
Emanoelton Borges – Sim. Sites de notícias com 31% […]


Cléber Barbosa
Da Redação

 

Diário do Amapá – Então professor, quais as principais conclusões desta pesquisa realizada pela Alfa Inteligência, que ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o Brasil? Pontos para as chamadas mídias convencionais?
Emanoelton Borges – Sim. Sites de notícias com 31% e telejornais, com 30% são as fontes de informação dos brasileiros quando o assunto é política – é o que aponta essa pesquisa realizada pela Alfa Inteligência em maio deste ano, com mais de 2 mil pessoas acima de 16 anos, em todas as regiões do Brasil. Seguindo a preferência nacional, em terceiro lugar estão as redes sociais, com 19%; revistas e jornais impressos 8% ocupam a quarta posição e o rádio aparece em quinto lugar, com 3%.

 

 

Diário – Para entender melhor o momento em que a pesquisa foi feita e a prefência medida nesse levantamento, poderia dar alguns nomes e números mais concretos apontados na pesquisa?
Emanoelton Borges – Exatamente. No geral, as mídias preferidas entre os sites são UOL (21%), G1 (16%) e empatados O Globo e Folha de São Paulo (12%). Em relação aos telejornais, o Jornal Nacional lidera com 36%, muito à frente da Globo News (25%). Nos materiais impressos, o jornal Folha de São Paulo se destaca, com quase metade dos entrevistados (45%), e a estação Jovem Pan domina a preferência, com 53%. Em se tratando das redes sociais, o Instagram tem 49% de penetração, seguido do Facebook (39%).

 

 

Diário – Segundo esse levantamento é possível apontar nuances regionais sobre a participação da mídia junto ao eleitor?
Emanoelton Borges – Explorando os dados por região brasileira, os números se assemelham, mas as regiões Norte e Nordeste apresentam uma ligeira preferência por telejornais, 38% e 32%, respectivamente. As redes sociais ganham mais espaço entre as pessoas da região Centro-Oeste (31%), frente às demais regiões, cuja penetração fica entre 15% no Norte e 20% no Nordeste.

 

Diário – E em relação ao gênero dessas pessoas pesquisasa, o que a estratificação revela?
Emanoelton Borges – Em relação à segmentação por gênero, o público feminino prefere mais os telejornais (33%) às redes sociais (15%), ao passo que 27% dos homens declararam preferir os telejornais e 23% as redes sociais. Sob o ponto de vista geracional, os chamados Baby Boomers – nascidos entre 1945 e 1964 – e a geração X, que compreende o período de 1965 a 1984, apresentam mais preferência por telejornais (36% e 34%), enquanto o favoritismo por sites de notícias salta para 42% na geração Y, pessoas que nasceram entre 1985 e 1999.

 

 

Diário – Caso tenha disponibilidade, o que dizem em relação a escolaridade deles?
Emanoelton Borges – Em relação ao grau de escolaridade, sites de notícias são os favoritos da população que tem ensino superior (38%), e os telejornais têm a preferência (33%) dos que estudaram até o ensino fundamental.

 

 

Diário – E sobre esse projeto de pesquisa da Alfa, poderia falar alguma coisa sobre a trajetória dela professor?
Emanoelton Borges – Criada em 2008, a Alfa Inteligência é uma empresa especializada em pesquisas qualitativas e quantitativas de tendências e diagnósticos para os setores público e privado. Reunindo expertise multidisciplinar capaz de executar os mais diversos trabalhos em pesquisa de mercado e opinião, com pioneirismo no uso de tecnologia própria na realização de estudos de opinião 100% digital, de ponta a ponta em todo País.

 

 

Diário – Obrigado pela entrevista.
Emanoelton Borges – Eu que agradeço. Com a pesquisa notamos que, mesmo num cenário onde as redes sociais têm força, os portais tradicionais de notícias ainda têm muita penetração. Até uma próxima oportunidade.

 

 


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