Entrevista

“O projeto para Macapá está vivo, sim; estou à disposição para

Um dos mais promissores representates da jovem política amapaense chega ao terceiro mandato de deputado estadual, neste domingo. Demonstrando maturidade e habilidade, Michel JK, do PSDB, desponta como aspirante a ser prefeito da capital, projeto que ela havia lançado ainda em 2012, mas que acabou tendo que adiar por disputas internas no partido. A resposta […]


Um dos mais promissores representates da jovem política amapaense chega ao terceiro mandato de deputado estadual, neste domingo. Demonstrando maturidade e habilidade, Michel JK, do PSDB, desponta como aspirante a ser prefeito da capital, projeto que ela havia lançado ainda em 2012, mas que acabou tendo que adiar por disputas internas no partido. A resposta veio com uma diligente atuação parlamentar e destacada capacidade de arregimentar apoio para o amigo e aliado Waldez Góes nas eleições do ano passado. Também passou incólume em meio à turbulência que se abateu no Parlamento estadual, tanto que agora é um dos mais experientes da Casa, condições que acredita possível de credenciá-lo a disputar a prefeitura daqui a dois anos. Acompanhe a entrevista a seguir.

 

Diário do Amapá – O senhor está indo para seu terceiro mandato de deputado estadual, não é isso? Passou rápido não parece?
Michel JK – Sim, graças a Deus. Mas não podemos esquecer de minha passagem pela Câmara Municipal, onde fui, com muito orgulho, vereador de Macapá. Aliás, comungo da opinião de alguns cientistas políticos que defendem um projeto de que todo político deveria começar a carreira como vereador.

Diário – Seria uma espécie de escola para daí galgar outros postos mais altos?
Michel – Sim, pois acaba sendo isso mesmo, tanto que chegam a se referir às Câmaras Municipais como Legislativo Mirim, uma forma até carinhosa, com todo respeito que essas casas legislativas merecem. Teve um tempo que alguns vereadores pensaram em mudar a denominação para deputado municipal, o que entendo ser desnecessário, afinal o charme é ser vereador mesmo.

Diário – O senhor sabe a origem dessa palavra deputado?
Michel – Olha, existem duas correntes de pensamento sobre a origem. Para Antônio Houaiss a etimologia é “verear” que significa legislar ou administrar algo na qualidade de vereador. Entretanto, outros autores apontam a possibilidade de “vereador” ser uma contração de “verificador”, que remonta as origens portuguesas, quando o cargo era ligado ao Executivo. Já no Brasil os vereadores passaram a integrar mesmo o Legislativo.

Diário – E da Câmara a ser deputado estadual, como foi essa mudança para o senhor?
Michel – Veio naturalmente, com o crescimento e também a maturidade do mandato. Jamais perdi o foco dessa questão de ser um representante do povo, não apenas daqueles que confiaram seu voto em nossa proposta, mas olhar para o conjunto da sociedade. Isso a gente tem feito, seja na consolidação do processo legislativo, na votação e nas discussões das legislações, seja no contato com as inúmeras categorias de profissionais que nos procuram, sejam os servidores públicos, prestadores de serviço ou mesmo organizações das sociedade. A Assembleia Legislativa é mesmo uma caixa de ressonância dos anseios da população.

Diário – O senhor teve uma atuação muito destacada na última eleição, quando além de renovar seu mandato mergulhou na campanha do governador Waldez. Essas forças políticas que se alinharam em torno da volta dele agora falam em discutir os municípios, como é isso?
Michel – De modo geral o sentimento é de retomar o crescimento e o desenvolvimento do estado, que andou estagnado nos últimos anos. Isso passa necessariamente por cuidar das pessoas e das cidades, como vem dizendo o governador. Nossas cidades estão precisando de planeamento e as pessoas de motivação. Temos uma enorme carga tributária e esses encargos precisam voltar ao cidadão em forma de obras e serviços públicos, para resgatar a confiança do contribuinte. Não tem como ficar só no discurso, tem que profissionalizar a gestão, combater o desperdício e otimizar todos os recursos disponíveis, sejam humanos, materiais ou financeiros.

Diário – O senhor chegou a lançar seu nome para ser prefeito em 2012, mas o projeto acabou interrompido por querelas partidárias. Ainda pensa em retomar esse sonho?
Michel – Me dispus a entrar para a vida pública por acreditar que a política é essa mola propulsora capaz de dar respostas à população. Vivencio a atividade legislativa, mas confesso que já fiz sim muitos projetos como Executivo, isso é natural, todo mundo pensa em ter uma oportunidade como gestor. O projeto para Macapá está vivo sim, estou à disposição de debater Macapá, debater a Prefeitura, os erros e os acertos. Com a experiência e o modelo empresarial de gestão, uma administração municipal pode garantir dias melhores para o munícipe da Capital.

Diário – Mas o senhor também imprime uma característica muito diligente no seu mandato de deputado. Costuma percorrer o estado?
Michel – Sim, direto. Essa é uma prática muito importante, pois nos aproxima mais das comunidades, a gente passa não apenas a ouvir mais os clamores como a sentir de perto os problemas e daí tirar encaminhamentos para buscar a resolução desses problemas.

Diário – Muita gente considera que a ação no Legislativo impõe limitações ao político. O que o senhor acha disso?
Michel – Olha, seguimos um modelo republicano da Teoria dos Três Poderes, que foi consagrada pelo pensador francês Montesquieu. Então é preciso confiar nas instituições, pois cada uma tem seu papel muito bem definido. Não sinto essa limitação não, ao contrário, acho que o mandato parlamentar dispõe de ferramentas importantes que se bem utilizadas podem sim produzir resultados palpáveis para a coletividade.

Diário – Quais são essas principais ferramentas do mandato de deputado?
Michel – Olha, além da força política dessa representatividade, o mandato conta ainda com instrumentos como o requerimento, a indicação, o projeto de lei, a possibilidade de alterar a Constituição, além da atuação na tribuna, nas comissões permanentes e até nas temporárias, como as Comissões Parlamentares de Inquérito, as CPI’s.

Diário – E coube ao senhor ser o corregedor da Casa, como foi essa experiência?
Michel – Pois é, devido a circunstâncias que causaram muita repercussão, coisas que o tempo dirá quem estava com a razão, a gente acabou tendo que assumir também a gestão administrativa e financeira da Assembleia. Reagi com serenidade buscando sanear todo e qualquer passivo, dando continuidade aos programas de custeio e manutenção da Casa e realizando todos os procedimentos de contratações conforme preconiza a legislação. Temos um bom corpo técnico e isso ajudou muito nesse período. Apesar de minha formação e até mesmo tradição familiar de virmos da iniciativa privada, sabemos que o serviço público tem suas peculiaridades, a burocracia atrapalha, mas ao final tudo deu certo, graças a Deus.

Diário – Houve uma renovação importante na composição da Assembleia para este novo período, quando se inicia uma nova Legislatura. O que o senhor espera dos novos colegas que estão chegando ao Parlamento neste domingo?
Michel – Olha, sei que existem estreantes na política, mas são lideranças importantes que conquistaram seu espaço em suas atividades profissionais ou áreas de atuação, assim como também estão chegando pessoas um pouco mais experimentada, com mandatos de vereador por exemplo. Estou bastante otimista de que essa oxigenação será importante, fará bem à Casa e também ao estado. A gente só lamenta que parlamentares que vinham realizando grades mandatos como deputado não continuem nesse período, mas isso também faz parte da democracia e essa parada quem sabe pode até ser oportuna para novos projetos pessoais.

Diário – Obrigado pela entrevista.
Michel – Eu agradeço e desejo aos deputados e deputadas que começam hoje a escrever uma nova história na Assembleia Legislativa um grande mandato parlamentar.

 

Perfil…

Entrevistado. O amapaense Michel Houat Harb, o Michel JK, como é conhecido na política, nasceu em 12 de junho de 1978, é formado em Economia, empresário, casado e pai de dois filhos. É de uma família de quatro irmãos; seus pais Romeo e Katia, estão no Amapá desde a década de 50, contribuindo com as atividades comerciais do estado. Em 2004, lançou a candidatura para vereador,com o nº 45.123 foi mais votado naquele pleito, com 4.095 votos. Em 2006, lançou candidatura a deputado estadual e conseguiu se destacar como 10º colocado entre os 24 depu-tados da assembléia legislativa do Amapá, obtendo 5.450 votos. Foi reeleito em 2010  e depois em 2014 para seu terceiro mandato na AL. 


Deixe seu comentário


Publicidade