Esportes

Bira é homenageado com estátua de 2 metros no complexo esportivo Glicério Marques

Durante o evento, foi assinada a ordem de serviço para iniciar a quarta fase de execução das obras do complexo.


 

Lana Caroline
Editora de Esportes

 

O ex-futebolista amapaense Ubiratan Silva do Espírito Santo, mais conhecido como Bira, é homenageado pela Prefeitura de Macapá com uma estátua de 2 metros, que ficará fixada dentro do novo Complexo Glicério Marques, no trecho da Leopoldo Machado.

Segundo o prefeito de Macapá, Dr. Furlan, essa é uma forma de homenagear um jogador tão querido e que acumulou diversos títulos ao longo de sua carreira. “Isso é um resgate histórico. O Bira foi muito famoso, multicampeão no Pará, campeão brasileiro pelo Internacional e a gente precisa valorizar as pessoas daqui do Amapá que constrói e deixam um legado para nós. Nessa homenagem consta um QR Code para as pessoas conhecerem o Bira.”

O irmão de Bira, o também ex-jogador Aldo, esteve presente durante o evento e falou sobre o sentimento da família em receber a homenagem. “Eu fico sem palavras, pois o prefeito teve uma boa sacada de homenagear o Bira. Ele fez tudo pelo Amapá, foi campeão brasileiro invicto pelo Internacional, foi gandula no estádio Glicério Marques e virou jogador. Ele tem uma grande história. É uma grande emoção ”, disse.

 

Durante o evento, foi assinada a ordem de serviço para iniciar a quarta fase de execução das obras do complexo. Neste momento, será utilizado recursos do Tesouro Municipal e será construído o prédio administrativo, arquibancada, vestiários e pinturas do muro e alambrado.

“Tivemos três etapas que foram beneficiadas com emendas federais e a Prefeitura tem aportado contrapartidas através de reequilíbrio e reajustes, pois tivemos muitos aumentos na construção civil e tivemos que aportar mais dinheiro para continuar com as obras do Glicério Marques, que já está avançada”, disse o secretário municipal de Obras, Cássio Cruz.

História do homenageado

Bira começou sua carreira no Esporte Clube Macapá, conquistou títulos amapaenses e aceitou o convite para jogar em Belém, pelo Paysandu, na temporada de 1976 e levantou a taça do Parazão daquele ano.

 

Em maio de 1977, Bira foi contratado pelo Remo, com a missão de suprir a lacuna deixada por Alcino. No time azulino ele marcou 115 gols e conquistou o título do Campeonato Paraense nos anos de 1977, 1978 e 1979 e em maio de 2020, foi o centroavante eleito para o time remista dos sonhos.

 

No ano de 1979, foi para o Internacional, aonde ganhou o apelido de Bira Burro, por ter recusado o Flamengo, que era considerado um time com maior projeção. No time colorado, o amapaense foi campeão brasileiro em 1979 e integrou o elenco do vice-campeonato da Taça Libertadores da América de 1980 e do título gaúcho de 1981.

 

Bira também atuou no Atlético e por lá não passou em branco, o jogador conquistou o título estadual de 1982. Antes, em 1980, jogou no Universidad de Guadalajara e em 1985 e 1986 defendeu as cores do Chivas Guadalajara, ambos do México.

 

O amapaense começou em 1989 uma carreira de treinador, inicialmente no Vila Nova de Castanhal. Após, esteve à frente do Pinheirense, Sport Belém, Tuna Luso, Paysandu, Bragantino, Castanhal, Remo, Amapá, São José (AP) e Ypiranga (AP). Além disso, Bira foi comentarista esportivo.

 

Em janeiro de 2020, Bira descobriu que estava com câncer de fígado e começou o tratamento, com ajuda do Remo. Em setembro do mesmo ano ele acabou falecendo em decorrência da doença.

 


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