Esportes

Pesquisa mostra que 41% dos jogadores negros já sofreram racismo

Levantamento ainda indica que 97% das pessoas que praticam religião de matriz africana, dizem não ser respeitadas em sua crença no meio do futebol


 

Ao menos 41% dos jogadores negros que atuam nos principais campeonatos do país já sofreram racismo. É o que afirma o Levantamento sobre a Diversidade no Futebol Brasileiro, publicado pela Fisia Comércio de Produtos Esportivos, detentora dos direitos de comercialização da Nike no Brasil.

 

A pesquisa sobre a Diversidade no Futebol Brasileiro foi produzida pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e financiamento da Fisia.

 

O estudo ouviu 508 profissionais, entre atletas e comissão técnica das divisões de elite do esporte nacional, e trouxe estatísticas sobre temas como racismo, intolerância religiosa e xenofobia.

 

Os resultados evidenciam os ambientes mais nocivos para a prática, como o estádio (53,9% dos casos) e as redes sociais (31,4% dos casos), mas também alertam para a prática em outros espaços de atuação dos atletas, como centros de treinamento e nas sedes dos clubes (casos denunciados por 11,4% dos participantes).

 

Dados sobre a intolerância religiosa também ilustram a dimensão do problema. Ao todo, 97% das pessoas que praticam religião de matriz africana dizem não ser respeitadas em sua crença no meio do futebol, dominado por cristãos católicos (52,8%) e evangélicos (30,91%). “A única vez que falei da minha religião, o pessoal ficou dizendo que eu tinha pacto com o diabo e me mandou calar a boca”, relatou um participante.

Fonte: CNN

 

 


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