Polícia

Decipe prende microempresário acusado de mandar matar o ex-sócio

Prisão ocorreu nesta terça-feira (23). Gerson de Almeida teria contratado pistoleiros para executar seu ex-sócio.


Gerson foi preso nesta terça-feira (23)

Elden Carlos
Editor-chefe

 

A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (Decipe) prendeu temporariamente nesta terça-feira (23), o microempresário Gerson de Almeida, que é investigado no inquérito policial que apura a execução do ex-sócio dele, Adolfo Silva Souza, de 27 anos, assassinado com pelo menos doze tiros de pistola na noite de 2 de junho deste ano em um ramal do quilômetro 25 da BR-210.

Noite em que crime ocorreu em ramal da BR-210

 

De acordo com o presidente do inquérito, delegado Wellington Ferraz, vítima e acusado haviam desfeito a sociedade comercial, sendo que Gerson deveria repassar valores mensais ao agora ex-sócio, como forma de compensação. O empreendimento deles ficava no bairro Provedor II< em Santana. Em meio a isso, Gerson teria descoberto que sua companheira estaria mantendo um caso amoroso com a vítima.

Para liquidar Adolfo, o microempresário contratou e pagou R$ 5 mil aos pistoleiros. “Um detalhe em especial chamou nossa atenção na noite do crime. A vítima tinha levado um tiro à queima-roupa em um dos olhos, o que demonstrava uma possível motivação passional. Em outubro, prendemos um dos atiradores. Ele confessou ter participado do crime e detalhou o caso”, revelou o delegado.

Josué Freitas de Freitas, de 26 anos, confirmou ter recebido o dinheiro para matar a vítima, e que entre as ordens repassadas por Gerson estava a de atirar no olho da vítima.

“Os sócios ainda mantinham um grau de confiança. Foi com base nisso que Gerson conseguiu levar no próprio carro até o local da execução o Adolfo. Os pistoleiros chegaram em seguida em outro veículo. Após o primeiro disparo, o mandante do crime deixa o local e os atiradores finalizam a vítima”, relata Ferraz.

O delegado disse ainda que as investigações prosseguem e que vai pedir à justiça que a prisão temporária seja convertida em preventiva. Com isso, o presidente do inquérito espera que o orquestrador do assassinato permaneça na cadeia até manifestação do Ministério Público.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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