Polícia

Mulher reage à agressão e mata o marido com facada

Vítima seria usuário de drogas e constantemente agredia fisicamente a esposa. Desfecho trágico de uma relação de 30 anos ocorreu durante mais uma sessão de pancadaria.


Em meio a uma já rotineira sessão de pancadaria, a técnica de enfermagem Ana Kátia dos Santos Melo, de 43 anos, matou com uma facada certeira no coração o marido, Valmir Silva dos Reis, de 46 anos. O crime ocorreu por volta das 22h deste sábado no apartamento do casal, localizado no Bloco 22 do Conjunto Mucajá, na Zona Sul de Macapá.

O sargento Técio Cid, do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), comandante da guarnição que atendeu a ocorrência, relatou à reportagem do Diário do Amapá que o casal retornava de uma festa de confraternização quando houve um desentendimento entre ambos, que descambou para a agressão física.

“De acordo com a vítima o casal havia saído para uma confraternização e ao retornarem a vítima passou a agredir a Infratora com chutes e tapas; em meio às agressões que estava sofrendo, ela utilizou-se de uma pequena faca de serra e o lesionou no peito esquerdo, na altura do coração. Ao chegarmos ao local, acionados pelo Ciodes, já encontramos a vítima sem vida, cujo óbito havia sido constatado pouco antes por profissionais do SAMU”, contou o sargento.

Também foi apurado pelos policiais miltares que autora e vítima eram casados há 28 anos anos, e durante todo esse período, ele espancava constantemente a mulher. Essa versão foi confirmada pelo delegado plantonista do Ciosp, José Manoel Pacheco. “Ela disse que sofria agressoes constantes desse senhor, agressões essas que ocorreram durante os quase 30 anos de relação; há informações, inclusive, de que ele era usuário de drogas assíduo, e inclusive permaneceu no local até a nossa chegada, quando recebeu voz de prisão. Nós a encontramos bastante debilitada e transtornada, chorando muito”, destacou o sargento.

Legítima defesa

Além da versão da autora, outros depoimentos colhidos durante a lavratura do auto de prisão convenceram o delegado de que o crime foi praticado no exercício da legítima defesa própria, mas mesmo assim, conforme explicou José Manoel Pacheco, a mulher permanecerá presa até ser levada a um Juiz de Custódia, que decidirá se ela vai responder ao processo em liberdade ou encaminhada ao Iapen (Instituto de Administração Penitenciária).

Reportagem e fotos: Jair Zemberg 


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