Política

Alvo de operação da PF, advogado quebra silêncio e rebate suspeitas sobre sua atuação em sumiço de processos do Ipem

Jamison Monteiro, que também é juiz eleitoral, escolheu o programa Togas&Becas, na Diário FM, para apresentar sua defesa


Cleber Barbosa
Da Redação

 

Depois de ter o próprio escritório como um dos alvos da operação “Medida por Medida”, da Polícia Federal (PF), em Macapá, o advogado Jamison Monteiro falou pela primeira vez sobre o ocorrido à equipe do programa Togas&Becas (Diário 90,9FM), na manhã deste sábado (11) detalhando as providências que vem adotando para esclarecer o episódio.

 

Ele explicou que advogou para um grupo de postos de combustiveis na capital e o Instituto de Pesos e Medidas do Amapá (Ipem) [também alvo da operação] fez várias autuações sob a alegação de atos infracionais contra esses empreendimentos.

“Foi então que, em 2015, procurei o Ipem para fazer o parcelamento desses débitos, objeto dos autos de infrações, sendo que uns eu fiz defesa administrativa e aqueles que já estavam julgados comecei a fazer o parcelamento, minha participação foi até aí, pois, a quitação desses débitos ficaria a cargo da empresa”, disse ele.

 

Depois, disse, por outras atribuições profissionais, passou esse contrato com a rede de postos a um colega do escritório, chamado Luís, que assumiu a relação com o cliente.

 

Em 2016, diz ter sido notificado pela PF a prestar esclarecimentos, tendo ele comparecido à Superintendência da PF, no Amapá, e tomou conhecimento pela delegada que o interrogou sobre o desaparecimento de processos no instituto. “Eu disse que não tinha conhecimento e sequer estava à frente da assessoria daquele grupo econômico e mesmo que soubesse não iria compactuar com isso, afinal, havia possibilidades de defesa administrativa e até parcelamento da dívida”, recorda.

 

Campana

Este ano foi que veio a descobrir ser alvo de uma investigação da Polícia Federal e órgãos de controle, ao descobrir que a própria PF havia implantado possivelmente uma agente travestida de funcionária dos Correios, bem como identificado outros policiais em campana às proximidades de sua residência, tirando fotos. “Fui então à própria Polícia Federal e registrei um B.O. sobre o que estava acontecendo e me coloquei à inteira disposição deles para quaisquer esclarecimentos, pois não tenho nada a temer”, disse o advogado – que também é juiz eleitoral.

 

Dias depois foi que veio a operação da PF em que foram cumpridos mandatos de busca e apreensão em sua residência e seu escritório.

 

Por fim, o advogado disse que considera totalmente descabida e desproporcional a atuação dos policiais federais envolvidos no seu caso, bem como a autoridade judicial que exarou decisão pelas diligências, que pretende além de reiterar os esclarecimentos que diz já ter prestado desde 2015, bem como a reparação da verdade.


Deixe seu comentário


Publicidade