Política

Apoio do PT a Clécio não inviabiliza parceria dele com Alcolumbre, diz dirigente nacional do partido

Em entrevista exclusiva à Rádio Diário FM (90,9), o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores prega união da esquerda em torno de Lula, com respeito a alianças locais.


Brasília- DF- Brasil- 15/04/2016- Sessão especial para discussão e votação do parecer do dep. Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment da presidente da República. Na foto, Líder do governo na Câmara, dep. José Guimarães (PT - CE). Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados

Cleber Barbosa

Da Redação

 

O anúncio de que o Partido dos Trabalhadores (PT) vai apoiar a candidatura de Clécio Luís (Solidariedade) ao Governo do Amapá não irá inviabilizar a aliança dele com Davi Alcolumbre (União/AP), que disputa reeleição ao cargo de senador. Para José Guimarães, vice-presidente do PT Nacional, a solução será viabilizada pela recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em liberar candidaturas avulsas a senador desde que não comprometa a aliança de partidos em torno de um nome a governador.

Falando em nome da liderança maior do partido, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente do PT Nacional anunciou que o núcleo da campanha do petista ao Planalto – que inclui o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) – decidiu fechar questão em torno da aglutinação das forças progressistas no Amapá para dar o melhor ambiente possível para a vinda de Lula ao estado.

Guimarães concedeu entrevista por telefone ao programa LuizMeloEntrevista, na rádio Diário FM (90,9), quando disse ter recebido do próprio Lula a missão de buscar a unidade do palanque dele no Amapá. “Para atender esse pedido do presidente Lula que nós estamos sugerindo essa unificação, um palanque único do Lula no Amapá, intensificando as forças da nossa federação do PT, PCdoB e PV, juntamente com o PSOL e a REDE, unificando em torno da pré-candidatura do Clécio, que seria o nosso pré-candidato a governador”, anunciou.

Para acomodar o projeto de Lucas Abrahão (REDE/AP) que é pré-candidato a governador, a cúpula lulista orientou um recuo dele optando por disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Nessa costura e para acomodar os interesses do maior número de aliados, o PT quer carrear forças da pré-campanha de João Capiberibe (PSB/AP), naquilo que José Guimarães chama de “eleições de nossas vidas”, referindo-se ao esforço para derrotar a reeleição de Jair Bolsonaro, a quem ele fez duras críticas durante a entrevista.

Por fim, o porta-voz de Lula disse que a direção do PT pretende respeitar a anunciada e sabida parceria de Clécio Luís com Davi Alcolumbre. “Tem uma decisão do TSE que é possível ter dois candidatos [a senador], então se tem partidos do nosso campo que apoiam o senador [Davi] Alcolumbre, tudo bem, é permitido, mas nós vamos ver a melhor forma de resolver isso, chamando para uma reunião todos os dirigentes desses partidos e definir tudo isso”, concluiu.


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