Política

Assessor jurídico nega que TRE do Amapá tenha prejudicado candidatura de Capiberibe

De acordo com Seixas, sua presença na emissora não teve o objetivo de contestar o candidato Capiberibe, mas para esclarecer alguns fatos que a sociedade precisa conhecer


Assessor jurídico diz que TRE não comprometeu campanha de Capi

Paulo Silva
Da Editoria de Política

O assessor jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), José Seixas, esteve na tarde desta quinta-feira (18) no programa CafécomNotícia, da Rádio Diário FM (90.9) para fazer contraponto (direito de resposta) nas declarações do senador João Capiberibe, candidato do PSB ao governo do Amapá, feitas na manhã do mesmo dia ao ser entrevistado no programa LuizMeloEntrevista, da mesma emissora.

Durante a entrevista, Capiberibe disse que foi prejudicado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, de quem teria recebido uma “rasteira política” na véspera da eleição com a declaração de que seus votos e os da deputada Janete Capiberibe, candidata ao Senado, seriam nulos.

De acordo com Seixas, sua presença na emissora não teve o objetivo de contestar o candidato Capiberibe, mas para esclarecer alguns fatos que a sociedade precisa conhecer e tome suas próprias decisões. “A crítica no processo político é cabível, o candidato tem a sua liberdade de expor o que melhor lhe convier, mas penso que a sociedade precisa ouvir o outro lado para que possa ter dois parâmetros na hora der tomar as suas decisões”, disse o assessor.

Assessor jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), José Seixas

Segundo Seixas, o sete a zero que Capiberibe afirma ter conseguido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se refere ao recurso especial 43165, que negou provimento ao recurso da coligação PSB/PT e manteve a decisão do TRE do Amapá. José Seixas se refere ao recurso do caso do DRAP que acabou tirando o PT das eleições e barrou Marcos Roberto como candidato a vice na chapa do PSB.

O outro processo, recurso especial 161993, esclareceu o assessor jurídico, tratou do pedido de substituição do candidato a vice-governador, com retificação do DRAP. E nesse caso o placar no TSE foi de seis votos a um pela substituição do vice.

Para Seixas, o Tribunal Superior Eleitoral apenas confirmou aquilo que o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá já havia decidido no dia 5 de setembro, quando, por unanimidade, deferiu parcialmente o DRAP da coligação PSB/PT apenas para “declarar apto o PSB e inapto o PT, devendo o PSB apresentar DRAP retificador para concorrer isoladamente”.

Com o resultado do dia 5 de setembro, José Seixas entende que o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá deu o caminho para o PSB indicando que o PT estava fora em razão de irregularidades em seu demonstrativo, mas o partido de Capiberibe poderia substituir seus candidatos até 17 de setembro, o que não foi feito apostando em uma tese que foi derrubada por três vezes no TSE, até o resultado definitivo da terça-feira (16).


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