Política

“Chega de figurinha repetida, está na hora de uma nova opção”, diz Haroldo Iran

Candidato Haroldo Iran e o vice Moisés Amaral, ambos do Partido Trabalhista Cristão (PTC), participaram da rodada de entrevista do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM) nesta terça-feira (27) e defenderam o combate à corrupção como forma de melhorar Macapá.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Sétimo participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), o candidato Haroldo Iran e o vice Moisés Amaral, ambos do Partido Trabalhista Cristão (PTC), defenderam na manhã desta terça-feira (27) propostas de governo para Macapá nas Eleições 2020.
Haroldo Iran tem 55 anos, é amapaense, casado e pai de um filho. Após concluir o ensino médio, foi para Belém (PA) prestar vestibular e passou em Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Pará (UFPA). Após se formar, retornou para o estado e trabalhou na Reama, a engarrafadora dos produtos Coca-Cola.
Em 1998 Haroldo Iran fez o concurso para a Polícia Rodoviária Federal, foi aprovado e empossado em junho de 1999, após o curso de formação da instituição. Há 21 anos atuando como policial rodoviário federal, Iran tem trabalho reconhecido e já recebeu certificados de outros órgãos de segurança pública, por combater a criminalidade nas BRs do Amapá. Atualmente Haroldo disputa o cargo de prefeito de Macapá, mas em 2018 participou pela primeira vez da política concorrendo ao cargo de deputado estadual, sem êxito. É ativista político e criou os movimentos de combate à corrupção “Acorda Amapá” e “Direita Tucuju”.

Diário – Vocês se apresentam como nova opção para os macapaenses. Como candidato e vice se posicionam politicamente?
Moisés – Nossa posição é totalmente contrária aos atos de corrupção que estão aparecendo no nosso Brasil. Nosso país já sofreu muito com corrupção, mas o nosso presidente Bolsonaro tenta fazer um governo sem corrupção. Aqui no Amapá, na nossa capital, não é diferente. É uma cidade pequena, mas a corrupção fala alto, as recentes e várias operações da Polícia Federal demonstram que em Macapá a corrupção ainda impera. Nosso plano de governo é combater, também, a corrupção.

Diário – Quais as propostas para melhorar a mobilidade urbana da capital?
Haroldo – Um novo plano diretor. Existem aí gargalos, principalmente em horário de pico. Por exemplo: aquela ponte Sérgio Arruda é horrível pela manhã e à tarde também, principalmente para as pessoas que vão ou retornam para suas residências ou locais de trabalho. Ali já era pra ter um viaduto, um anel de viadutos, com amplas opções para trafegar. Então, nossa proposta é o novo plano diretor, além de colocar pessoas especialistas para formar um grupo de engenharia de tráfego e melhorar esses gargalos na cidade de Macapá.

Diário – Como valorizar os servidores públicos?
Haroldo – Dando melhores condições de serviço. O que acontece hoje em dia é que os servidores municipais não são capacitados, treinados, não tem a valorização. Algumas carreiras não têm nem plano de cargos e salários. Não estou aqui prometendo reajuste ou aumento de salário, estou prometendo melhor qualidade e condições de serviço dentro do ambiente de trabalho, coisa que não acontece hoje em dia. Outra coisa: vai ser bastante cobrado o servidor público municipal.

Diário – O que fazer para dar transporte coletivo de qualidade?
Haroldo – Somente abrindo uma nova licitação pública, para trazer novas empresas e novas concessões do transporte coletivo em Macapá. Agora, o que impede isso aí? Ao apagar das luzes em 2012, Roberto Góes [ex-prefeito], assinou um contrato via judicial e a título precário, monopolizando o transporte público por dez anos, e isso acaba agora em 2022. E toda vez que qualquer gestor municipal quer abrir uma grande licitação para trazer novas empresas, a Justiça barra. Então, tem esse empecilho aí. Mas já temos uma alternativa: vamos tentar reabrir essa licitação, caso a gente não tenha sucesso, vamos autorizar os transportes alternativos, como vans e micro-ônibus.

Diário – As campanhas de vacinação estão com um grande déficit em todo o país, e Macapá tem uma das piores coberturas vacinais. Se eleito, como irá corrigir esse problema?
Haroldo – Vamos ampliar e melhorar as equipes de saúde da família. Com relação ao programa de vacinação, vamos ser parceiros de tudo que advém do Ministério da Saúde, seremos parceiros fiéis dos programas do Governo Federal. E, assim, vamos tentar melhorar as equipes de saúde familiar, elas resolvem 80% dos casos e as pessoas deixam de procurar UBSs, UPAs e Hospital de Emergência. Por exemplo: se a pessoa é hipertensa, o médico vai lá visitar, faz exame, consulta, e já medica o hipertenso ou diabético e evita que a pessoa procure unidades de saúde.

Diário – O que o senhor tem de propostas para o desenvolvimento econômico, a partir do mercado de grãos?
Haroldo – É a valorização do agronegócio, da produção de grãos, milho, soja, feijão. Com relação à soja, temos que conversar com os produtores. Essa produção tem que ser dividida, uma parte fica no Amapá, em Macapá, para gerar ração para quem cria peixes e aves e assim gerar emprego e renda local.

Diário – O que fazer para inserir saneamento básico em Macapá, considerando os objetivos sustentáveis de 2030, firmados por 193 países em 2015 durante conferência internacional?
Haroldo – O Marco do Saneamento Básico é muito importante e fala da integração de todos, da iniciativa privada e poder público federal, estadual e municipal. Somos totalmente favoráveis ao Marco e vamos nos inserir nesse sistema. Atualmente nós temos a Caesa, que tem competência do saneamento básico e coleta de esgoto, e também da rede de distribuição de água tratada em Macapá. É uma empresa estatal sucateada, deficitária, tanto que o sistema de captação e bombeamento de água ainda é da época de Território do Amapá e ninguém investiu nisso. Então, vamos estar inserindo esse sistema da universalização do saneamento básico.


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