Política

CPI: Randolfe afirma que Maximiano teria pedido mudanças em MP sobre vacina

Sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Maximiano compareceu à CPI da Pandemia após uma série de adiamentos.


O silêncio do sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, diante da maior parte das perguntas dos senadores, nesta quinta-feira (19), na CPI da Pandemia, é um atestado de culpa, na avaliação dos parlamentares. Blindado por um habeas corpus, Maximiano repetiu por diversas vezes que não falaria, amparado na garantia constitucional de não se autoincriminar.

 

Maximiano compareceu após uma série de adiamentos. E já havia dado sinais de que se esquivaria das perguntas.

 

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Maximiano teria pedido mudanças em MP sobre vacina. Ao senador amapaense Maximiano reafirmou que conhece o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).

 

Em seguida, o parlamentar exibiu ata de uma reunião no Ministério da Saúde, em 12 de janeiro de 2021, que contou com a participação do dono da Precisa. De acordo com os relatos do encontro, lidos por Randolfe, Maximiano teria sugerido aos servidores da pasta mudanças na medida provisória que estava em tramitação no Congresso Nacional e que autorizava a importação de vacinas contra covid-19.

 

Segundo o registro do ministério, o empresário teria sugerido incluir no texto a agência reguladora indiana, permitindo assim a importação da vacina Covaxin.

 

Para Randolfe, os relatos da reunião sugerem uma ligação com a emenda apresentada por Ricardo Barros que trazia especificamente esse conteúdo.

 

“A emenda reivindicada foi apresentada dias depois pelo deputado Ricardo Barros. É a única emenda específica com essa reivindicação apresentada pelo deputado”, observou Randolfe.


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