Política

Davi chama fala de Eduardo Bolsonaro de “lamentável” e “afronta à Constituição”

Ele qualificou como “lamentável” a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possibilidade de instauração de um novo AI-5


O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou nota oficial nesta quinta-feira, 31, em que qualificou como “lamentável” a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possibilidade de instauração de um novo AI-5 (Ato Institucional Número 5).

Para ele, a fala foi uma “incitação antidemocrática” e uma “afronta à Constituição”.

Eduardo Bolsonaro (SP), que é líder do PSL na Câmara, sugeriu a criação de um novo AI-5 (Ato Institucional Número 5). Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que é preciso ter uma “resposta” caso a esquerda radicalize.
“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, executavam e sequestravam grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, militares”, disse.

 

Veja a nota do Presidente do Congresso Nacional na íntegra:

“Como presidente do Congresso Nacional da República Federativa do Brasil, honro a Constituição Federal do meu país, à qual prestei juramento, e ciente da minha responsabilidade, trabalho diariamente pelo fortalecimento das instituições, convicto de que o respeito e a harmonia entre os poderes é o alicerce da democracia, que é intocável sob o ponto de vista civilizatório.

É lamentável que um agente político, eleito com o voto popular, instrumento fundamental do Estado democrático de Direito, possa insinuar contra a ferramenta que lhe outorgou o próprio mandato.

Mais do que isso: é um absurdo ver um agente político, fruto do sistema democrático, fazer qualquer tipo de incitação antidemocrática. E é inadmissível esse afronta à Constituição.

Não há espaço para que se fale em retrocesso autoritário. O fortalecimento das instituições é a prova irrefutável de que o Brasil é, hoje, uma democracia forte e que exige respeito”. (Davi Alcolumbre/Presidente do Congresso Nacional)


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