Política

Dora promete mapear a capital para estabelecer plataforma de trabalho

Candidata à prefeita de Macapá deu a primeira entrevista da série de sabatinas promovida pelo Sistema Diário de Comunicação


A postulante à prefeita de Macapá, Dora Nascimento, do PT, apesar de ter apresentado plano de governo na Justiça Eleitoral, exigência para registro de candidatura, revelou na manhã desta quarta-feira, 14, em entrevista na Rádio Diário FM (90,9), que ainda faz um balanço junto com especialistas, e ouvindo a população, para mapear a cidade e então estabelecer a sua plataforma de trabalho para administrar a capital na eventualidade de vir a ser eleita.

DSC_1788Dora abriu a série de sabatinas organizada pelo Sistema Diário de Comunicação para ouvir todos os candidatos a prefeito de Macapá. Amanhã, 26, será a vez de Ruy Smith (PSB) ser ouvido; dia 31, Promotor Moisés (PEN); Clécio Luís (Rede) em 2 de setembro; Gilvam Borges (PMDB), dia 14 de setembro; e Aline Gurgel (PRB) em 16 de setembro. As entrevistas serão fechadas com Genival Cruz (PSTU) no dia 21 de setembro.

A candidata Dora Nascimento, 48 anos, é geógrafa formada pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e tem pós graduação em estado, gestão e políticas públicas, bem como em geografia humana,  ambas fora do Amapá. Ela foi vice governadora na administração de Camilo Capiberibe (PSB), de 2011 a 2014.

DSC_1789A petista, na entrevista, citou como fato consumado de sua campanha eleitoral o anúncio do Cadastro Territorial Multifinalitário, sistema utilizado pelo hoje deputado federal Edimilson Rodrigues (PT), quando foi prefeito de Belém do Pará. Dora explicou que o cadastro será resultado de um mapeamento digital que dará o georreferenciamento de Macapá. “A partir desse trabalho vamos organizar a nossa capital”, disse a candidata.

Dora Nascimento não prometeu asfaltar a cidade. Segundo ela, não se faz asfalto sem drenagem, e que por isso vai atrás de recursos para drenar toda Macapá, para só então pavimentá-la. A candidata entende que se colocar asfalto nas ruas da capital, será repetido o trabalho infrutífero que é realizado ao longo dos anos com o chamado ‘asfalto sonrisal’.

A candidata do PT vai tentar a Prefeitura Municipal de Macapá fazendo dobradinha com a empresária e jornalista Daiane Lima, do PHS, como vice. As duas recebem o apoio político-eleitoral do PTC. As três legendas formam a coligação ‘É mais Macapá’,
antes chamada ‘Adora Macapá’.
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Dora acha que a experiência que ela teve como vice governadora lhe deu uma visão geral de todos os 16 municípios do estado, principalmente de Macapá, e que por isso pode fazer um grande diagnóstico da capital, sabendo da sua realidade como um todo, em condições de fazê-la mais humana e mais democrática.

Ela observou que Macapá tem crescido muito, ao ponto de apenas a zona norte possuir mais de cem mil habitantes. “Por causa desse crescimento, os problemas se avolumam, então temos que pensar um planejamento que contemple a todas os moradores. Também por isso, precisamos implementar o Estatuto da Cidade e fazer uma reforma urbana.

Dora entende que a mobilidade não se reduz apenas ao tráfego de veículos, mas que também abrange as calçadas, praças, todos os locais pelos quais a população transita. Com esse entendimento, ela acha que a capital só terá boa mobilidade por meio da reforma urbana e e com a regulação do solo do município.

Falar em município, a candidata à prefeita pelo Partido dos Trabalhadores não falou da zona rural, mas também nada lhe foi perguntado a respeito disso. Assim, os moradores dos distritos macapaenses ficaram sem saber o que pensa, o que pretende fazer Dora Nascimento, no caso de conseguir ser eleita.

DSC_1782A petista prometeu ampla consulta popular, por meio de audiência, para tratar sobre o serviço Uber, na capital, no sentido de que seja traçado um diagnóstico para ver se a atividade será útil ou não. Ela acha que o poder público em Macapá deve fazer o que vem sendo feito em São Paulo e no Rio de Janeiro em relação ao Uber.

Para Dora Nascimento o discurso antipetismo não terá efeito negativo em sua campanha, porque, disse a candidata, a corrupção não é feita pelas instituições, mas por pessoas, e que no estado do Amapá há uma peculiaridade de que o eleitor vota nas pessoas, não no partido político. No caso de ser eleita, acha que não terá problemas com o governo Temer, porque os municípios são amparados por lei para receberem recursos federais.

Dora, segundo ela disse na entrevista, buscará garantir a governabilidade de Macapá, no caso de eleita e ter uma esmagadora oposição no âmbito da Câmara Municipal. Sobre governar, a candidata ensinou que o prefeito tem que maioria entre os vereadores, boa relação com a sociedade e articulação para conseguir recursos.

A petista vê que sobre o setor de educação não terá problemas de gestão porque irá trabalhar para cumprir as 20 metas estabelecidas no Plano Municipal de Educação, e que garantir creches é um a das metas. Ela também prometeu estabelecer uma séria e competente política pública de atendimento à população idosa.

 A candidata Dora prometeu, se eleita prefeita de Macapá, transferir para o estado a responsabilidade pela construção do Hospital Metropolitano. “Se o município não tem condições de continuar a obra, é um desperdício de recursos público tentar fazer; então, o certo é passar a obra para o governo estadual”, acentuou.

Dora Nascimento também prometeu um política pública para os moradores das ressacas e para essas próprias regiões de Macapá. Segundo ela, em torno de cem mil pessoas ocupam as ressacas da capital. A solução para a candidata seria remanejar essa população para local seguro, ou mantê-las, porém numa condição de conforto.


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