Política

Furlan diz que lockdown precisa ser amplamente discutido em Macapá

O prefeito da capital encontra-se em São Paulo (SP), cumprindo agenda que trata sobre a vacinação contra a covid-19.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Cumprindo agenda em São Paulo (SP), o prefeito de Macapá, Antônio Furlan, falou sobre a recomendação do Comitê de Saúde do Judiciário, que orienta a adoção do lockdown em todo o Amapá, e não somente na capital. De acordo com o prefeito, a medida enérgica precisa ser amplamente discutida.

“Já volto para Macapá hoje (15). Ainda iria cumprir outra agenda em SP, mas cancelei e estou voltando para a capital. O lockdown é muito grave, ele sempre traz consequências econômicas irreversíveis e gravíssimas para a população. Não podemos esquecer que a nossa base da economia tem os comerciantes numa fatia muito significativa. Então, precisamos ter muita cautela nesse momento. Prefiro voltar à Macapá, discutir com os técnicos e segmentos para poder me posicionar. Acredito que precisamos, sim, de medidas mais restritivas, mas tenho receio do lockdown”, avaliou o prefeito de Macapá, Antônio Furlan.

Segundo o prefeito, a medida afeta principalmente aquelas pessoas que precisam sair de casa todos os dias para trabalhar e conseguir comprar uma refeição.

“Temos algumas questões a serem questionadas. Por exemplo, no domingo (17) temos o Enem, como ficará? Precisamos pontuar. Vai ser feito lockdown? Haverá transição? Quais serão as compensações para os ambulantes e comerciantes que precisarão fechar, de imediato, suas portas? Precisamos avaliar antes de tomar alguma decisão. Não estou me posicionando de forma contrária, mas estou suscitando que precisamos de uma discussão mais ampliada sobre um assunto sério e que envolve muitas pessoas”, pontuou Furlan.

 


O presidente da Fecomércio, Eliezer Viterbino, discorda da adoção do lockdown e garante que o comércio organizado tem seguido todos os protocolos.

“A gente não pode, de novo, cometer o erro que cometemos no início da pandemia. Temos dados comprovando que o comércio não é vetor de contágio. E agora temos uma situação totalmente diferente da primeira vez, que é a falta do auxílio emergencial. Então, seja lockdown ou outra medida restritiva, os governantes precisam levar em consideração essa situação, o Governo Federal não tem como manter o auxílio na segunda onda de restrições. O que precisamos agora é do poder público fiscalizando. O comércio soma 87% do PIB estadual, se sofrermos mais um lockdown será muito prejudicial”, apontou Viterbino.

 

Vacina
O prefeito da capital está em São Paulo (SP) tratando sobre a vacina CoronaVac, que é desenvolvida pelo Instituto Butantan e está com pedido de uso emergencial no Brasil.

“Iremos agora, pela manhã, ao Instituto Butantan, para fazer uma visita técnica e conversar com o presidente Dimas Covas, queremos tirar todas as dúvidas em relação à vacina. Vamos também adequar ao calendário de vacinação, lembrando que estamos começando a imunizar contra o sarampo e temos também a preocupação com o período chuvoso, época em que se manifesta muito o vírus influenza. À tarde tenho agenda com o governador de São Paulo, João Dória, que já anunciou a doação de algumas doses da vacina para diversas capitais”.


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