Política

Governador e prefeito da capital decidem prorrogar quarentena em mais 15 dias

Em coletiva de imprensa, governador do estado e o prefeito da capital anunciam a prorrogação por mais duas semanas do decreto de isolamento social


Cleber Barbosa
Da Redação

O governador Waldez Góes anunciou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (03) a prorrogação do decreto de calamidade pública em todo o estado, o que significa prolongar por mais uma quarentena – quinze dias – a proibição de aglomerações de pessoas em espaços públicos, eventos e o regular funcionamento do comércio.

“Nós estávamos aguardando a atualização dos dados da Vigilância em Saúde sobre os casos suspeitos e os confirmados de pacientes testados para o novo coronavírus, chegando já a dezenove casos confirmados no estado, cem por cento aqui em Macapá, mas também considerando as notas técnicas do Comitê de Ciência e Medicina que nos assessoram, sempre com base em, todo o conhecimento já construído, bem como as orientações tanto da Organização Mundial de Saúde como também do Ministério da Saúde”, disse o governador.

Ele explicou também ser fundamental seguir esses protocolos, mas também observar como a doença está evoluindo em território amapaense, alcançando um estágio que os especialistas locais tratam como a terceira onda do ciclo epidemiológico do novo coronavírus. “Na verdade a Amazônia toda está entrando nessa terceira onda, pois o Pará cresce exponencialmente o número de pessoas já infectadas, o Amazonas pode entrar em colapso a qualquer momento e no Amapá não tem sido diferente, mesmo com todas as medidas que nós adotamos, que foram providenciais, na hora certa”, avalia Góes.


O pacote de novas medidas na verdade começou a ser editado ainda na quinta-feira (02) com a prorrogação por mais 30 dias da suspensão das aulas na rede pública estadual e municipal. Mas também pedem mais rigor na fiscalização do sul do estado, devido ao agravamento da situação no Pará, bem como na região norte, na fronteira com a Guiana Francesa, que também registra um aumento importante do número de casos confirmados.

Agravamento

Já o prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE), disse lamentar que tenham sido obrigados a adotar essas medidas, ainda mais rigorosas para conter a circulação do vírus e resguardar a saúde das pessoas, mas que não restava outra alternativa. “O isolamento domiciliar e o distanciamento social se faz necessário, foi uma decisão tomada em conjunto entre o governador, o prefeito da capital e os demais prefeitos, mas para isso ouvimos todos os Poderes do estado, líderes religiosos e vários segmentos empresariais mostrando que não tínhamos outra opção, até para valer a pena o sacrifício que já foi feito até aqui”, disse o prefeito.

Por fim, Clécio disse que as pessoas precisam entender que o vírus está entre os amapaenses, que o estado está na fase de contaminação comunitária e que os casos começam a se acelerar. “Nós encerramos a semana passada com quatro casos, iniciamos essa com oito e estamos encerrando essa semana agora com dezenove casos, então a situação se agrava, já temos pessoas internadas, pessoal entubadas, então não podemos permitir que a curva de contaminação seja verticalizada, ou seja, que muitas pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo, então essas medidas pelo menos se apresentam como acertadas”, concluiu.


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