Política

Governador entrega licença ambiental para manejo florestal sustentável com geração de 500 empregos diretos no Vale do Jari

Documento foi liberado neste sábado, 9, para a empresa Agregue, em Laranjal do Jari, onde vai atuar numa área de quase 100 mil hectares


 

Estimulando a geração de mais de 500 empregos diretos, o governador do Amapá, Clécio Luís, entregou no sábado, 9, a Autorização de Exploração Florestal (Autex) para o plano de manejo sustentável da empresa Agregue Indústria, Comércio e Transporte de Madeiras, no município de Laranjal do Jari.

 

Para o governador, que também entregou para extrativistas de Mazagão uma Autex para o maior projeto de manejo comunitário do país, na terça-feira, 5, esse é um importante passo para aliar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e visão de futuro para quem vive na região.

 

“São duas experiências diferentes, mas ambas vão poder, de forma racional, legal e sustentável, fazer o manejo florestal e ativar a indústria moveleira, da carpinteira naval e da construção civil do Amapá. É também gerar empregos para pais e mães de família que estavam sofrendo com a diminuição das atividades da Jari Celulose e da Cadam. Juntos, a gente cria ambiente de esperança no Amapá, com responsabilidade ambiental e social. Será um exemplo de que podemos conciliar desenvolvimento, meio ambiente e a dignidade das pessoas”, pontuou Clécio Luís.

 

O Plano de Manejo Florestal Sustentável da Agregue prevê, por ano, a exploração de mais de 55 mil metros cúbicos de 14 espécies comerciais, numa área de quase 100 mil hectares.

 

“Nós participamos ativamente da defesa desse projeto. A implantação de uma indústria para o manejo sustentável, que respeite o meio ambiente e faça o estado se desenvolver economicamente, sempre foi nosso objetivo. Vamos ter mais emprego para a comunidade do Vale do Jari. A economia ficará aquecida com a circulação de renda. Isso é bom pra todo mundo, para o dono do comércio, da farmácia, para o chefe de família que vai levar comida pra mesa. São 500 empregos gerados numa região com muitas dificuldades, mas com potencialidades”, destacou o senador Davi Alcolumbre.

 

Com a Autex, a empresa pode retomar as atividades e iniciar um novo ciclo de trabalho aliando o respeito à biodiversidade e ao mercado de trabalho. O engenheiro florestal Madson Martins, de Monte Dourado (PA), é um dos trabalhadores beneficiados.

 

“Essa autorização é importante para a região do Vale do Jari. Ela alia sustentabilidade e renda para os moradores, num projeto que respeita os limites da natureza, numa exploração de impacto reduzido, envolvendo diversas técnicas. É uma satisfação integrar esse projeto que tem tudo para crescer”, ressaltou o engenheiro.

 

 

Desenvolvimento sustentável

Quando empresas se propõem a solicitar a Autex, é necessário cumprir uma série de requisitos que respeitam a natureza, quem vive nela e as legislações brasileira e amapaense, explica a secretária de Meio Ambiente, Taísa Mendonça.

 

“É mais uma empresa que apresentou seu planejamento na Sema e hoje recebe a autorização. É uma iniciativa importante para o Amapá porque aqui vão ser gerados 500 empregos diretos através da exploração sustentável da nossa floresta com responsabilidade e respeitando as leis. Tudo que o Governo tem defendido e executado é desenvolver a economia associada à sustentabilidade”, comentou.

 

Agregue

Criada em 2011, em Belém, a Agregue Indústria, Comércio e Transporte de Madeiras se instalou no Amapá em 2018, tendo como atividades a exploração, transporte, processamento e comércio de madeira nativas da Amazônia. São trabalhadas espécies como angelim-vermelho, cumaru, maçaranduba, mandioqueira-escamosa, entre outros, usadas na indústria moveleira e construção civil.

 

A empresa busca gerar desenvolvimento econômico e social da região de forma ecologicamente responsável para a comunidade local.

 

“Com esse suporte do governo, estamos voltando às atividades. Nós e os funcionários estamos otimistas e muito felizes. Garantimos o comprometimento com os objetivos sustentáveis da ONU, reduzindo o impacto global, para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A Amazônia é uma floresta de oportunidades. É importante pensar as melhores estratégias e práticas de baixo carbono para transformar a biodiversidade em bioeconomia para os povos da região”, pontuou Marcos Tiecher, presidente da Agregue.

 

O empreendimento comercializa as madeiras extraídas e beneficiadas para as regiões Nordeste e Sudeste. Com a autorização, uma das metas é otimizar e intensificar a exportação para o mercado europeu e norte-americano, garantindo a sustentabilidade e a perpetuidade da produção florestal ao longo dos ciclos de corte com a máxima eficácia e segurança.

 


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