Política

Governadores da Amazônia Legal e setor empresarial defendem pacto pela agenda ambiental

Em videoconferência com governadores e líderes empresariais, o governador Waldez defendeu a integração entre governos, empreendedores, organizações sociais e investidores.


Foto: Marcelo Loureiro / Secom

A recuperação econômica de forma sustentável foi defendida pelo Setor Empresarial Brasileiro em videoconferência realizada nesta quarta-feira, 12, com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

A discussão foi conduzida pelo governador do Amapá, Waldez Góes, que preside o consórcio. Ele reafirmou o compromisso dos nove estados da Amazônia Legal com as ações que gerem o desenvolvimento sustentável da região, com prioridade para as agendas relacionadas ao Licenciamento Ambiental, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), Zoneamento Ecológico-Econômico, Sistema de Monitoramento Ambiental Integrado, agenda da Bioeconomia, assistência técnica e extensão rural e investimentos em tecnologia.

“Estamos todos do mesmo lado e quero assegurar que temos o compromisso de buscar o desenvolvimento respeitando o bioma da Amazônia. Para isso, precisamos seguir trabalhando se forma integrada com o setor empresarial, a sociedade civil, os governos estaduais e o Governo Federal”, destacou Góes.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Marcello Brito, explicou que o recém formado Comunicado do Setor Empresarial Brasileiro é um movimento formado por CEOs – Chief Executive Officer, sigla em inglês para Chefes Executivos, Diretores-Presidentes e similares – de 63 empresas signatárias que possuem negócios em estados da Amazônia.

Segundo Brito, a intenção do grupo é contribuir com as políticas de estado visando a preservação ambiental e ações de proteção às comunidades locais presentes na região, especialmente diante da desafios impostos pela pandemia de coronavírus.

“Precisamos olhar para o futuro, adotando políticas públicas que impulsionem uma retomada da economia verde após a crise causada pala covid-19, adotando uma economia baseada na baixa emissão de carbono”, frisou Marcello Brito.

As entidades empresariais apresentaram uma carta onde defendem a contribuição coletiva em sete eixos fundamentais:

Combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal na Amazônia e demais biomas brasileiros;

Inclusão social e econômica de comunidades locais para garantir a preservação da floresta;

Minimização do impacto ambiental no uso de recursos naturais, buscando eficiência e produtividade nas atividades econômicas daí derivadas;

Valorização e preservação da biodiversidade como parte integral das estratégias empresariais;

Adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono;

Direcionamento de financiamento e investimentos para uma econômica circular de baixo carbono;

Pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia da Covid-19 condicionada a uma economia circular e de baixo carbono.

O documento também solicita às autoridades políticas a adoção rigorosa da fiscalização de irregularidades e crimes ambientais na Amazônia.

Participaram da videoconferência os governadores Helder Barbalho (PA), Flávio Dino (MA), Antônio Denarium (RR), Mauro Mendes (MT), Wilson Lima (AM), Mauro Carlesse (TO), Gladson Cameli (AC) e Marcos Rocha (RO).


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