Política

Governadores da Amazônia retomam relação internacional em busca de recursos

Governantes apresentam o Consórcio aos embaixadores da Noruega, Alemanha, Reino Unido e França, objetivando a captação de recursos, além do Fundo Amazônia


Os governadores da Amazônia Legal participam nesta sexta-feira (13), em Brasília, de uma agenda com representantes das embaixadas da Noruega e Alemanha, principais financiadores do Fundo Amazônia, além do Reino Unido e França. Na pauta, a busca por investimentos internacionais na região.

Foto: Diego Peres/Ascom/AM

Durante as reuniões, os governantes explicaram o funcionamento do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que é presidido pelo governador do Amapá, Waldez Góes. O dispositivo é uma autarquia na modalidade de associação pública, com autonomia para captar recursos, promover investimentos e executar projetos de interesse comum aos nove estados da Amazônia brasileira.

 

Os governantes reforçaram que os Estados amazônicos consideram recursos internacionais, sobretudo o Fundo Amazônia, fundamentais para projetos de regularização fundiária, atualização da base cartográfica, cadastro ambiental rural e desenvolvimento de novas cadeias produtivas – atividades econômicas sustentáveis que contribuem para a manutenção das florestas.

 

Articulador da reunião, Waldez Góes defende que o financiamento internacional seja direcionado para projetos da agenda coletiva construída pelos Estados da Amazônia. Ele apresentou o Consórcio dos Estados como uma nova alternativa para a captação e financiamento de projetos.  Góes entregou ao embaixador da Noruega, Nils Martin Gunneng, anfitrião do encontro da manhã, o Plano Estratégico do Consórcio, assim como ao embaixador da Alemanha, Georg Witschel, e do Reino Unido, Vijay Rangarajan. O plano contém as diretrizes básicas sobre em que áreas os Estados Amazônicos pretendem investir prioritariamente.
“É desafiador para todos os Estados manter o combate ao desmatamento e as práticas ilegais. O consórcio amadureceu, dialogou muito intensamente e agora temos um nível de organização em que podemos pleitear não só recursos, mas indicar quais áreas são mais importantes, incluindo as que podemos transformar em ativos ambientais”, explicou o presidente do consórcio.

 

De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima, o encontro foi importante para que os países conhecerem as propostas, mas também as dificuldades e peculiaridades de cada região da Amazônia.
“Está na hora do mundo começar a refletir qual a importância da Amazônia. Você ajuda a Amazônia com recursos para dar condições mínimas para levar riqueza para o nosso povo. E riqueza a gente leva quando proporciona melhor qualidade de vida para o nosso povo”, destacou o governador amazonense.

 

O embaixador da Noruega destacou que a agenda marcou o início de tratativas para estabelecer mais um canal de parcerias, além do Fundo Amazônia.
“Este encontro foi importante para entendermos as prioridades definidas pelos governos e, assim, poder construir uma parceria direta com os governos da Amazônia. Podemos trabalhar em conjunto. O fundo Amazônia é uma boa ferramenta, mas não é a solução pra tudo, portanto, precisamos fortalecer outras parcerias”, considerou Gunneng.

 

Além de Waldez Góes (Amapá); participaram do encontro Helder Barbalho (Pará); Mauro Carlesse (Tocantins); Mauro Mendes (Mato Grosso); Antônio Denarium (Roraima); vice-governador Major Rocha (Acre); vice-governador Carlos Brandão (Maranhão); vice-governador Zé Jodan, de Rondônia. Uma nova reunião está prevista para o mês de outubro.


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