Narson Galeno assegura edital do concurso da PM está de acordo com a legislação
Procurador geral do estado diz que os concursos da Polícia Civil e Politec reservam vagas para deficientes físicos, mas garante que não há previsão legal para cota racial
O procurador geral do estado (PGE) Narson Galeno assegurou na manhã desta segunda-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que o edital do concurso público para a Polícia Militar (PM) do Amapá está de acordo com a legislação, porque a reserva de vagas para negros e pardos não alcança os estados, mas apenas órgãos federais de acordo com decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele esclareceu também que em se tratando de concurso para militares combatentes, deficientes físicos não são contemplados, em função da natureza dos serviços ostensivos de segurança pública.
“Nós ainda não fomos notificados pela justiça para nos manifestarmos na ação proposta pelo Ministério Público e tomamos conhecimento dessa iniciativa através das redes sociais e da imprensa, mas posso assegurar que não vejo possibilidade de se suspender o concurso, porque o edital está plenamente de acordo com a legislação vigente, tanto com relação à cota racial como no que diz respeito à reserva de vagas para deficientes físicos; primeiro, porque a previsão legal para negros e pardos alcança apenas os órgãos federais, e os estados é quem têm competência para fazer isso; no Amapá há uma lei, sim, de autoria da deputada Cristina Almeida (PSB), mas contém vícios constitucionais e não foi regulamentada”, explicou.
Com relação aos deficientes físicos, Narson Galeno argumentou que a atividade policial nesse caso específico da PM é incompatível: “O concurso para a PM é exclusivamente para militar combatente, isto é, o candidato é aprovado e imediatamente vai estar nas ruas, fazendo a segurança da população de forma ostensiva, havendo, portanto incompatibilidade com a condição de deficiente físico; pelo que eu ouvi na entrevista do doutor Paulo Celso (promotor de justiça que ingressou com a ação para suspender o concurso da PM), (essa pretensão) abre expectativa para o deficiente físico se inscrever e depois não ter condições de passar. E isso me preocupa”.
Compra de passagens para o TFD
Questionado sobre as quatro ações que estão em trâmite no Judiciário, sendo que em uma foi concedida medida liminar (provisória) para suspensão dos efeitos do pregão eletrônico realizado para aquisição de passagens aéreas para os beneficiários do programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que garante tratamento médico de alta complexidade em outros estados, Narson Galeno disse que também tomou conhecimento da suspensão através da imprensa, mas que já está reunindo toda a documentação necessária para propor na justiça a cassação da liminar. Enquanto isso, a empresa que já prestava os serviços continua emitindo as passagens.
Vários ouvintes reclamaram no programa de suposto mal atendimento por parte dessa empresa, a AP Turismo. O procurador prometeu tomar providências:
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