Política

“Pra ter uma cidade inteligente você precisa cuidar das pessoas”, diz Dr. Furlan (Cidadania)

Médico e deputado estadual participou de rodada de entrevista na manhã desta quarta-feira (21), no programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), e defendeu propostas de governo para uma “cidade inteligente”.


Foto: Joelson Palheta

Railana Pantoja
Da Redação

Terceiro participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), o candidato Dr. Furlan (Cidadania) apresentou e defendeu nesta quarta-feira (21) propostas para Macapá nas Eleições 2020.
Antônio de Oliveira Furlan é médico cardiologista, atualmente cumprindo o terceiro mandato como deputado estadual, pelo partido Cidadania, é casado e pai de sete filhos. Em 2010 disputou sua primeira eleição para deputado estadual e desde então concilia a vida de parlamentar com a Medicina.

Nascido em 9 de julho de 1973, em San Jose, Costa Rica, Dr. Furlan tem mestrado em Cirurgia Cardiovascular e em 2003 veio para Macapá implantar o serviço de cirurgia cardíaca no estado. Para Dr. Furlan, “pra ter uma cidade inteligente você precisa cuidar das pessoas”, e é com esse ideal que o candidato defendeu algumas propostas.

 

Diário – Na sua opinião, o que precisa melhorar emergencialmente em Macapá?
Furlan – A saúde é um dos nossos problemas crônicos, e como médico eu não poderia deixar de me posicionar. A saúde do município precisa avançar da baixa complexidade para a média e alta. Nesse sentido, vamos construir o Pronto Socorro Municipal. Macapá é a única capital que não tem o seu pronto-socorro, e essa fragilidade fez muita falta agora na pandemia, quando precisávamos de hospitais e locais para internar as pessoas e não conseguíamos. Além disso, pretendo focar na geração de emprego e renda. Temos um índice de desemprego altíssimo, sendo que moramos numa área de livre comércio e zona franca verde, com matéria-prima abundante. Temos o peixe, o camarão, o açaí, frutas; precisamos trazer indústrias para Macapá, para que possam verticalizar a produção e gerar emprego.

Diário – Como o senhor pretende mediar o conflito entre taxistas, motoristas de aplicativo e transportadores clandestinos em Macapá?
Furlan – Tenho experiência para dizer que o diálogo é o melhor caminho. Transporte público, hoje, em Macapá, é algo muito sério. Precisamos sentar à mesa com todos os autores envolvidos e buscar uma solução. Não podemos aceitar, por exemplo, chegar ao aeroporto de Macapá e ter pessoas indo lhe buscar lá dentro do saguão, enquanto os taxistas, que pagam impostos e estão em seus pontos, não conseguem acessar seus passageiros. É um problema crônico de todo o Brasil, mas nós precisamos enfrentar. Lembrando que todo trabalho deve ser valorizado, não podemos penalizar quem está trabalhando, mas temos que buscar soluções para evitar esses conflitos.

Diário – Considerando nosso alto índice de gravidez precoce, sua gestão tem políticas públicas de conscientização e educação sexual para jovens nas UBSs?
Furlan – Temos o programa Mãe Tucuju, que vai cuidar das nossas mulheres desde a adolescência até a melhor idade. Para prevenir uma gravidez indesejada e evitar doenças sexualmente transmissíveis é necessário fazer um planejamento reprodutivo dessas mulheres, com acesso a anticoncepcionais orais e injetáveis, colocação de DIU e reposição hormonal na melhor idade. Lembrando que as mulheres terão acesso a ultrassom, para prevenção do câncer do colo de útero e mama; e o Centro de Referência em Saúde da Mulher será criado. Nós temos uma taxa de mortalidade materna e infantil muito alta no estado, uma das maiores do Brasil, então precisamos reorganizar nossas UBSs, pegando os especialistas no assunto e alocando no Centro de Referência.

Diário – O que fazer para destravar o sistema de transporte público e garantir, efetivamente, que a população receba transporte coletivo de qualidade?
Furlan – Precisamos enfrentar esse problema e não é brigando, é dialogando, fazendo a licitação do transporte público. Não podemos aceitar que não seja feita uma licitação. Vamos realizar audiências, chamar os empresários, trabalhadores do transporte público, usuários e a Justiça para criar um edital que consiga fazer a licitação. Não podemos viver anos e anos só nas concessões, isso prejudica os usuários. Outra coisa: o itinerário é de responsabilidade do prefeito, não podemos aceitar que grandes vias, como a Cândido Mendes, não recebam ônibus e as ruas paralelas recebam. Precisamos pensar a cidade como um todo, de forma inteligente.

Diário – O senhor vislumbra a possibilidade de um auxílio de renda para macapaenses?
Furlan – A pandemia nos trouxe três crises: a crise de saúde pública e sanitária, a crise de saúde mental e a crise econômica. Temos no nosso programa de governo o projeto “Bolsa Renda na Mesa”, que vai possibilitar às pessoas em vulnerabilidade social receber um valor para comprar produtos da cesta básica com um preço 40% menor do que está no mercado. Isso é segurança alimentar, é dever do município e direito do cidadão.

Diário – Quais propostas de política habitacional o senhor tem para os mais pobres?
Furlan – Quero dizer para as 100 mil pessoas que moram em áreas de ressaca e ponte: nós temos o programa Ressaca Cidadã. Ele vai levar pontes de concreto, iluminação, água tratada, saneamento e áreas de Wifi para essas pessoas. E vamos continuar avançando nos modelos habitacionais, sempre discutindo. Aqui em Macapá as pessoas têm preferência por morar em casa, e nós vamos levar isso em consideração.


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