Política

Prefeitura vai recorrer contra aumento no preço das passagens

Presidente da CTMac diz que reajuste não é compatível à qualidade dos serviços 



 

Em entrevista concedida na manhã dessa segunda-feira, 4, ao programa LuizMeloEntrevista, da Rádio Diário FM(90.9), a diretora presidente da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac), Cristina Baddini, qualificou como ‘deficiente’ os serviços prestados pelas empresas de ônibus, o que tem gerado muitas reclamações de usuários, e afirmou que a Prefeitura de Macapá já está preparando recurso ao Tribunal de Justiça (Tjap), para tentar derrubar a liminar concedida pela Justiça de Primeiro Grau na véspera do Dia do Trabalho, que reajustou em 20% o preço das passagens de ônibus.

“A Prefeitura já estaá preparando o agravo de instrumento (recurso), estamos trabalhando em conjunto com o Procurador Geral do Município e vamos entrar com o recurso”, prometeu, completando em seguida: “Quando nós entregamos a planilha à Juíza que é responsável pela ação proposta pelo Setap (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo) à Juíza, nós refizemos os cálculos com aumento e a tarifa chegava a R$ 2,10. O que nós estamos defendendo é que a tarifa atual é justa e adequada, mas, assim que for publicada (a decisão) vai passar (o preço da passagem) a R$ 2,30 por conta da decisão. A Juíza alegou que nas várias capitais do Norte, Belém, Manaus Rio Branco, as tarifas estão maiores que aqui. Ora, a tarifa é calculada por uma planilha e é um serviço municipal, e nos nossos cáçculos, o mais adequado seria a passagem custar R$ 2,10”.

Para Cristina Badine, as demais capitais brasileiras têm serviços diferenciados. “Ocorreram aumentos nos preços dos combustíveis e peças, só que se você for contar esses aumentos, que até a época do nosso calculo foi de 6%, verifica-se também que, naturalmente, também houve aumento da demanda. O custo aumentou 6% e a demanda aumentou 13%, então como o custo é dividido por passageiro ela se equilibrou porque o numero de passageiros aumentou”, detalha, acrescentando que, quando a atual gestão assumiu o governo municipal, a demanda era de 1,800 milhão de passageiros/mês, passando para mais de 2,8 milhão em 2014. “Tem mês que essa demanda chega a 3 milhões, e até mesmo a 3,5 milhões e meio. Então, a compensação está bem clara. Atualmente, temos quase 200 carros (ônibus) na frota, mas circulando tem dias que chega apenas 92 a 98. Isso é muito ruim e deixa a população indignada. Por isso é que a Prefeitura vai recorrer dessa decisão”.

Ônibus precários, sem segurança e sem conforto
Através de nota de esclarecimento, o gabinete do Prefeito Clécio Luís (PSol) diz que a Prefeitura de Macapá “é contra qualquer tipo de aumento na tarifa do transporte público urbano, uma vez que a maioria das empresas que operam no sistema insiste em oferecer para a população ônibus precários, sem as condições necessárias de conforto e segurança aos usuários. O aumento dado pela Justiça na tarde desta quinta-feira, 30, véspera do Dia do Trabalhador, no valor de R$ 2,30, que só poderá ser cobrado após publicação no Diário da Justiça, é inaceitável”.

A Nota ressalta que a decisão judicial foi baseada nas outras capitais do Norte, e o serviço da capital amapaense e os seus respectivos custos é que devem ser verificados, por meio de planilha própria da cidade, esclarecendo que, “durante as outras audiências a própria Justiça designou um perito para avaliar os estudos tarifários e definir um valor justo e real, porém os estudos ainda não foram apresentados pelo perito”.
Finalizando, a Prefeitura diz que “o Poder Executivo Municipal vai recorrer da decisão. A população não pode pagar mais caro por um serviço que é prestado sem qualidade. A Prefeitura de Macapá assegura ainda que desde o início da gestão está empenhada na luta pela redução da tarifa e realização da licitação do transporte público pela primeira vez na história da capital”.


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