Presidente do Senado, Davi oculta imóveis da Justiça Eleitoral, diz Folha de S.Paulo

Reportagens publicadas na imprensa nacional, com destaque para os jornais Folha de S. Paulo, Poder360 e O Antagonista mostram que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ocultou da Justiça Eleitoral uma série de bens e imóveis em pelo menos seis eleições. A prática, de acordo com as matérias, teria começado desde a sua eleição para deputado federal em 2002.

As matérias revelam que em suas declarações de bens nas eleições de 2002, 2010 e 2012, Alcolumbre afirmou que não possui nenhum centavo de patrimônio, “no entanto registros nos cartórios mostram aquisições imobiliárias”. As matérias detalham que em 2012, por exemplo, “mesmo declarando que não possuía bens patrimoniais, o senador adquiriu 3 lotes em 1 condomínio residencial, onde construiu uma casa de 170 m², e uma residência no valor de 585 mil reais.

Entre todos os levantamentos, o jornal localizou a aquisição de 5 terrenos e 2 casas no nome de Alcolumbre, entre o fim dos anos 90 até 2015. A pena prevista pelo artigo 305 do Código Eleitoral, por omissão de bens e patrimônio, é de multa e até cinco anos de prisão.

À Folha de S. Paulo, a assessoria do senador afirmou que “os bens mencionados na matéria foram declarados aos órgãos competentes”, e que no caso dos imóveis, houve erro por parte da Justiça Eleitoral. Em resposta, a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz ser impossível ter havido erro por parte do tribunal, já que os pedidos de registro de candidatura são inseridos no sistema pelos partidos políticos ou pelos próprios candidatos.

Até o fechamento desta matéria, o Diário do Amapá e a produção do programa LuizMeloEntrevista tentaram contato telefônico com o senador e sua assessoria, mas não obteveram retorno.

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