Política

Randolfe e outros senadores cobram explicações por baixa execução orçamentária na área ambiental

Randolfe Rodrigues diz buscar explicações para situações em o governo seria omisso, como os incêndios no Pantanal e as crescentes taxas de desmatamento e queimadas na Amazônia.


A baixa execução orçamentária na área ambiental, mesmo com aumento do desmatamento e dos incêndios florestais, é motivo de preocupação de senadores. Eles pedem ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, informações sobre a gestão dos recursos da pasta.

O Ministério do Meio Ambiente gastou R$ 105.409 nas ações diretas do orçamento entre janeiro e agosto deste ano. O valor corresponde a 0,4% da verbal total que deveria ser destinada para fortalecer a política ambiental do governo federal. Os dados são de um estudo do Observatório do Clima divulgado na sexta-feira (11).

No requerimento protocolado na última quarta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz buscar explicações para situações em o governo seria omisso, como os incêndios no Pantanal e as crescentes taxas de desmatamento e queimadas na Amazônia.

“A sociedade brasileira precisa conhecer as razões que levaram à quase paralisação total desses importantes programas, em virtude da não aplicação dos recursos aprovados pelo Congresso Nacional. Esses esclarecimentos são ainda mais necessários quando se verifica a situação de descalabro ambiental em que o país se encontra”, justifica o senador.

A Controladoria-Geral da União (CGU) também identificou a mesma situação no Relatório de Auditoria Anual de Contas referente ao ano de 2019. Segundo a CGU, somente foram executados 13% no programa de Mudança do Clima; 14% no de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade; e 6% no de Qualidade Ambiental.

Assim como Randolfe, o senador Jaques Wagner (PT-BA) protocolou um requerimento cobrando explicações pelos “tímidos” dados de execução do Orçamento para ações de fiscalização do Ibama, órgão ligado ao ministério comandado por Salles. Entre janeiro e julho de 2020, o Ibama gastou apenas 20,6% dos R$ 66 milhões autorizados para ações de fiscalização ambiental para este ano.


Deixe seu comentário


Publicidade