Valorização do servidor público, transporte coletivo e acessibilidade: Paulo Lemos (PSOL) apresenta propostas
Candidato foi o segundo a participar da rodada de entrevistas do programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), nesta terça-feira (20) e prometeu licitar transporte coletivo, bem como valorizar servidores públicos e tornar Macapá uma cidade com mobilidade urbana acessível.
Railana Pantoja
Da Redação
Segundo participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), Paulo Lemos (PSOL) apresentou na manhã desta terça-feira (20) suas principais propostas como candidato à Prefeitura de Macapá nas Eleições 2020.
Questionado se seguia carreira política de acordo com o momento, mudando de lado [partido] a cada eleição, Lemos foi enfático ao afirmar que: “Tenho lado, sim. O nosso lado é o lado da população; é o lado dos menos favorecidos”, afirmou.
Paulo Lemos foi sabatinado durante uma hora de entrevistas e discutiu propostas em várias vertentes. O material completo da sabatina está disponível nas plataformas digitais do Sistema Diário de Comunicação.
Diário – A honestidade da sua vida política é inquestionável?
Paulo – É fundamental. A gente precisa estar muito atento. O mundo em que vivemos é muito perigoso, traiçoeiro, que diga lá o senador que foi pego com dinheiro na cueca. A honestidade é fundamental, e pra você ser honesto, precisa ter a oportunidade de ser testado, e eu fui. De 2013 a 2014 comandei o maior orçamento da Prefeitura de Macapá. O prefeito Clécio Luís transferiu tudo para a Secretaria de Administração em função da forma devastada como nós recebemos a prefeitura da gestão anterior. Concentramos a maior parte das compras dentro da secretaria.
Diário – O senhor tem propostas para melhoria do transporte público de Macapá?
Paulo – Vamos licitar o transporte coletivo para resolver de uma vez por todas essas situações. Queremos garantir aos usuários do transporte coletivo que eles, dentro de um horário certo, entrem no ônibus e cheguem ao local de trabalho. Wifi, ar-condicionado, é uma consequência. O que nós queremos garantir é que os usuários não fiquem no prego, não sujem suas roupas quando sentam nos assentos dos ônibus; isso só será possível por meio de licitação, e é o que vamos fazer.
Diário – Você tem propostas para amenizar os impactos sociais em áreas insalubres?
Paulo – Temos que deixar claro que jamais vamos permitir a ocupação de novas áreas [ressacas]. Precisamos desempenhar uma política de habitação, mas que seja atrativa. Não interessa você colocar as pessoas dentro de ‘caixas de concreto’, porque isso necessita de um ar-condicionado ligado direto. Ninguém sobrevive dentro de um apartamento fechado dentro do Macapaba, Mucajá ou Açucena, por exemplo, sem um ar-refrigerado. E, ar-condicionado ligado representa consumo de energia, portanto, dinheiro para pagar. Uma pessoa desempregada não tem como pagar água, energia, condomínio e ainda a parcela do apartamento. Temos que adotar uma política de habitação que seja da Amazônia, dar casas, assim as pessoas podem pensar em sair das áreas de ressaca.
Diário – O senhor tem propostas para modernizar, com acessibilidade, a capital?
Paulo – Temos muitas dificuldades com as nossas calçadas. São desiguais, cada um faz do seu jeito. Existe um projeto arquitetônico básico sobre isso, mas falta fiscalização, diálogo, conversa com os empreendedores e moradores, para que a gente possa uniformizar a construção desse calçamento. Nossos idosos e deficientes têm muita dificuldade para caminhar e isso gera outros problemas, como quedas, acidentes e acaba levando essas pessoas para hospitais, aumentando a fila de espera por cirurgia. É uma coisa que precisamos fazer urgentemente, sim.
Diário – Quais propostas você tem para valorizar o servidor público?
Paulo – Há muitos anos nossos servidores estão largados. Vou fazer um destaque aqui. Quando fui secretário de Administração, demos o reajuste do piso do magistério, por exemplo, coisa que não aconteceu mais desde então. Também aprovamos o plano de cargos e carreiras dos engenheiros da prefeitura. Sou servidor público, por isso dou a certeza que vou valorizar, é necessário.
Diário – Como a sua gestão vai qualificar a educação municipal?
Paulo – É necessário melhorar, e muito, a infraestrutura das nossas escolas, para dar qualidade aos trabalhadores e alunos. Pretendemos reformar as escolas em regime de mutirão, inicialmente, e só depois construir umas 15 escolas, priorizando as áreas de periferia e dos distritos. Mas, também, quero dizer em relação aos professores: 60% do piso defasado. Quando fui secretário de Administração demos o reajuste, tínhamos processos administrativos de 10 anos e que hoje estão com quase 20 anos sem nada de direitos trabalhistas. Acordamos com o sindicato e pagamos as progressões [em 2013 e 2014], mas, infelizmente, voltaram a atrasar. O servidor não pode ser penalizado, temos que olhar ele como parceiro da gestão.
Perfil
Paulo César Lemos de Oliveira nasceu em 8 de janeiro de 1972, é formado em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), servidor público pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) e candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Atualmente cumpre seu segundo mandato como deputado estadual do Amapá, após ser reeleito em 2018.
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