Política

“Vamos implementar o orçamento participativo e dialogar com as comunidades”, diz Prof. Marcos

Professor Marcos e o vice, o também educador Geovane Granjeiro, participaram na manhã desta quinta-feira (22) da quarta rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM) com candidatos a Prefeitura de Macapá e defenderam propostas para a capital.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Quarto participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), o candidato, Professor Marcos, e seu vice, Geovane Granjeiro, ambos do PT, apresentaram e defenderam nesta quinta-feira (22) propostas para Macapá nas Eleições 2020.
Marcos Roberto é amapaense, nascido em Macapá, mas passou parte da infância em Porto Grande (AP), onde estudou até a 6ª série. Em 1992, entrou para a Polícia Militar do Amapá (PMAP), como soldado. Em seguida, passou no vestibular de Matemática da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e optou por deixar a carreira militar para ser professor, inspirado na sua mãe, Terezinha, que também se dedicou pela educação.
O candidato é professor efetivo do Estado há 24 anos, mesmo período que tem como filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente trabalha na escola Raimunda dos Passos, no Novo Horizonte. O educador também é formado em Direito, exerce a advocacia e já foi secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, de 2011 a 2014.

Diário – Caso eleito, como o senhor pretende fomentar a geração de emprego em Macapá?

Marcos – A nossa proposta é a criação do Banco do Povo, que vamos instalar dentro da Prefeitura de Macapá. Ele [banco] servirá para que possamos financiar o pequeno produtor, empreendedor, ou aquele que tenha a intenção de empreender, mas por falta de recursos não consegue fazer isso. Então, através do Banco do Povo vamos garantir o financiamento desse pequeno empreendedor para que ele possa aumentar seu empreendimento, melhorar renda e gerar outros trabalhos.

 

Diário – Geovane, você é o primeiro vice-candidato que participa da rodada de entrevistas. Sabendo que a sua função é extremamente importante, o que o credencia para ser vice?

Geovane – Eu sou professor, mas ao lado dos trabalhadores nós temos uma luta que já vem de algum tempo. Eu presidi a CULT/AP, de 2013 a 2019, e à frente da Central dos Trabalhadores vivemos períodos difíceis. Em 2013, a gente já começa a enfrentar no Brasil uma polarização, começando com as manifestações da juventude em São Paulo (SP) sobre o aumento das tarifas de ônibus e isso repercutiu depois em todo o Brasil. Em 2014, tivemos uma eleição nacional muito polarizada, em que o derrotado na época, Aécio Neves, não se contentou e começou a tentar sabotar a democracia. E em 2016 tivemos o golpe na presidente Dilma, e nós reagimos também. Então, foi em todos esses anos lutando para defender os direitos dos trabalhadores que a gente ganhou envergadura, e é o governo de uma cidade voltada para os trabalhadores que a gente quer construir.

 

Diário – Candidato Marcos, como o senhor avalia nossa educação municipal?

Marcos – A avaliação não é só minha, mas do IDEB. Saiu a nota reprovando a educação de Macapá. E, como professores da rede pública de ensino, eu e Geovane conhecemos a realidade. Nós vamos garantir que 100% das crianças estejam nas escolas. Infelizmente, temos 12% das crianças de 7 a 14 anos fora da sala de aula, em todos os níveis. Não podemos, para garantir o ensino fundamental, tirar crianças da pré-escola. Então, vamos assegurar em todos os níveis, inclusive, na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Vamos entregar as creches que já estão construídas e o município ainda não assumiu, sendo que a população tem a necessidade disso. Vamos entregar pra garantir que a mãe possa deixar o filho e busque um trabalho pra ajudar na renda da família.

Diário – Sendo professor, como valorizar os profissionais da educação?

Marcos – Vamos garantir o piso salarial do professor do município de Macapá, pois o professor não ganha o piso. O piso salarial dos professores foi criado quando o PT governou esse país, porque o nosso foco é melhorar as condições de trabalho do nosso servidor. Nós vamos chamar os concursados, aprovados no concurso pra educação do município, lembrando que hoje alguns professores recebem o pro-labore. Quem recebe o pro-labore, recebe metade do que um professor efetivo. Então, se existe professores nesse método, é porque tem vaga, carência e tem gente querendo ser chamado. Vamos garantir as progressões dos nossos servidores da educação também. Essa valorização é fundamental para que possamos ter um profissional mais motivado e que garanta mais qualidade na educação.

 

Diário – Como melhorar o trânsito da cidade?

Marcos – Vamos tratar o trânsito de maneira democrática, ou seja, enxergando todas as pessoas e de que maneira elas se locomovem. Não podemos pensar só no trânsito dos veículos automotivos, precisamos e vamos fazer enxergando a necessidade do ciclista, do pedestre, dos deficientes. A sinalização é importante, por exemplo: Macapá não tem nenhum semáforo que tenha a parte sonora, onde o deficiente visual possa utilizar, então, é deficitário nesse sentido. Outro: na esquina da rua General Rondon com a avenida Fab, em condições normais físicas que eu tenho, preciso atravessar andando muito rápido pra conseguir no tempo do sinal do pedestre. Agora, imaginou para quem é deficiente? Isso tudo está dentro do nosso plano de mobilidade urbana para Macapá, construir calçadas, ciclovias e enxergar todas essas situações.

 

Diário – O senhor tem propostas para melhorar a vida de quem mora em áreas afastadas da zona urbana de Macapá?

Marcos – Nós vamos, e isso é uma marca do PT, implementar o Orçamento Participativo. Vamos dialogar com as comunidades, bairros e distritos, e de lá trazer a demanda para que a gente possa atender isso através do serviço público municipal. Por exemplo, lá em Santo Antônio [da Pedreira] a maior reclamação é em relação ao asfaltamento e são pequenos trechos. E isso vai garantir qualidade de vida para aquelas pessoas em relação à saúde, no verão é a poeira e depois, no inverno, é a lama. Então, vamos dialogar a partir do Orçamento Participativo e buscar as necessidades para que a Prefeitura faça acontecer o serviço público nessas comunidades.


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