Política

“Vamos manter o diálogo e a autonomia”, garante Patrícia Ferraz

Única mulher disputando a Prefeitura de Macapá, em 2020, Patrícia Ferraz (Podemos) foi a oitava participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM) na manhã desta quarta- feira (28).


Fotos: Joelson Palheta/DA

Railana Pantoja
Da Redação

 

Oitava participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), a candidata Patrícia Ferraz (Podemos) defendeu na manhã desta quarta-feira (28) propostas de governo para Macapá nas Eleições 2020.

Única mulher disputando a Prefeitura de Macapá em 2020, Patrícia Ferraz tem 40 anos e é formada em odontologia. Patrícia Ingressou na política em 2014 como candidata a deputada federal pelo Partido Social Cristão (PSC), conseguindo 9.678 votos (2,51%) dos votos válidos.

Em 2018, concorreu novamente ao pleito, sendo a sétima candidata mais votada à Câmara Federal, com 12.950 votos, e tornou-se primeira suplente. Em 2019, assumiu o cargo de deputada federal e num mandato de 200 dias teve mais de 117 proposições na Casa e protocolou aproximadamente 60 Projetos de Lei.

Diário – Em sua opinião, é prioridade investir em asfalto ou saneamento básico?

Patrícia – Uma coisa está interligada a outra. Nós precisamos ter o saneamento básico e o asfalto por cima. Não adianta colocar asfalto em ruas que não têm esgoto e depois ter que cortar para colocar a tubulação por baixo, por isso é preciso ter planejamento. Uma coisa está ligada à outra e as duas são de extrema importância, elas têm que caminhar juntas.

 

Diário – Qual o segredo para se relacionar bem com a vereança, sem se deixar medir à régua deles?

Patrícia – Manter o diálogo. Quero dizer pra vocês que eu não sou apoiada por nenhum grupo político. Sou suplente do deputado Vinicius Gurgel, mas ele não me apoia, ele apoia o candidato Josiel, que é apoiado também pelo prefeito de Macapá e pelo governador. Não há grupos políticos apoiando Patrícia, não estou loteando cargos na prefeitura. Vamos manter o diálogo, mas mantendo a autonomia. Negociação de cargo não faz parte do nosso governo. Nós [Patrícia e Vinicius] mantemos a amizade, Melo. Sou amiga e converso com todas as pessoas, mas não sou ‘pau mandado’ de ninguém e muito menos poste para ficar obedecendo o que determinados políticos querem, sou a candidata do povo.

 

Diário – Quais suas propostas para ingresso de jovens no mercado de trabalho?

Patrícia – Após essa pandemia teremos uma terceira onda, que é a do desemprego. E os jovens querem trabalhar. É mais um segmento da sociedade que quer estar no mercado de trabalho. O jovem não quer só bolsa, ele quer aprender, capacitação, quer ter emprego, o próprio negócio, então, precisamos incentivar. Como? fazendo com que as indústrias, empresas e comerciantes tenham incentivos fiscais para contratar jovens. Temos o programa do Governo Federal, o “Emprego Verde e Amarelo”, que cria esses incentivos; em Macapá não será diferente, queremos nossos jovens trabalhando.

 

Diário – O que a senhora tem de proposta de governo para a saúde básica de Macapá?

Patrícia – Precisamos ampliar o Programa Saúde da Família (PSF) para que ele abranja o maior número de pessoas na nossa cidade. Colocar uma equipe multidisciplinar em todas as equipes de saúde, melhorar as condições de trabalho dos agentes de saúde e endemias e implantar o prontuário eletrônico, para que tenhamos maior controle dos medicamentos que saem da Central de Abastecimento e cheguem na ponta. Também, vamos implantar o programa “Remédio em Casa”, para atender idosos e evitar que eles, nessa época de pandemia, fiquem saindo de casa, indo à UBS para pegar remédios de rotina. Vamos assumir a alta complexidade. Macapá precisa de um Pronto Socorro Municipal e de um centro de diagnóstico e laboratório de imagem.

 

Diário – Como você vai valorizar os servidores da educação?

Patrícia – Pra falar de educação precisamos falar de valorização dos servidores públicos. Precisamos fazer uma reforma administrativa, enxugar a máquina pública, para que a gente possa valorizar os nossos profissionais, pagar progressões, dar aumentos salariais. Valorizando o professor você terá um profissional motivado. Com a pandemia, as crianças precisaram ter aulas on-line, mas muitos professores não tiveram nenhum apoio da Prefeitura para receber um tablet ou computador. Se o professor não teve, imagina o aluno! Nós vamos fazer com que as crianças tenham prazer em voltar para a escola. Temos que assumir escolas de tempo integral e assumir a creche do Macapaba, que já tem ordem judicial para que o município abra, mas até agora nada. Também vamos chamar os concursados da educação, temos 10 mil alunos que vão voltar para a sala de aula e estão sem professor.

 

Diário – Como organizar o transporte por aplicativo em Macapá?

Patrícia – Todos sabem que eu sou uma defensora dos motoristas de aplicativo, ingressei com uma ação contra a prefeitura para derrubar o decreto que aumenta os impostos para esses motoristas de aplicativo, porque quem paga a conta final é o usuário. Essas pessoas só estão buscando uma forma de sustentar suas famílias, então, precisam ser legalizados. E a gente precisa de uma política de fiscalização dos clandestinos, eles precisam ser legalizados para que possam gerar receita ao município e condições de segurança para o usuário.

 

Diário – O que fazer para fomentar o turismo na capital?

Patrícia – A gente precisa valorizar o nosso turismo, divulgar para o mundo. Somos vizinhos da Guiana Francesa, que é Europa; então, precisamos divulgar Macapá para o mundo. A Europa precisa conhecer as belezas do rio Amazonas, do nosso Forte, da nossa Floresta. Precisamos mostrar o que temos de bom e isso vai atrair turistas. A gente sabe que as passagens aéreas para Macapá são altíssimas, precisamos de políticas públicas e conversas com essas empresas para fazer pacotes de turismo. Turista gasta dinheiro, fomenta a economia; então, precisamos atrair turistas do mundo todo para conhecer.


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